segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

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Hoje almocei com a P.

A minha amiga da faculdade, do estágio, do começo da nossa vida adulta. Pessoal e profissional.
Uns bons anos de amizade e partilha.
De segredos.
De zangas.
De fazer as pazes.
De Amizade. Já tinha dito?

A P sempre elegante, sempre sorridente - sim, só me dou com pessoas Sol, que sorriem porque sim, porque não, porque lhes apetece, e porque se estão nas tintas para o que as outras pessoas pensam daquele sorriso sempre estampado na cara.

Um sorriso insuportável, como já ouvi dizer e registei : )

A P, a minha P, que tem passado pela vida, sem deixar que a vida passe por ela, sem deixar que a vida a engula, como tem tentado. Com uma doença malvada, que a quebrou, dobrou, enfraqueceu. Mas não amoleceu. Isso é que era bom. Afinal é a minha P.

Não é um bicharoco qualquer que a vai limitar, nem fazê-la baixar a guarda, nem vencê-la.
Acredito que a tenha mudado, na sua maneira de ver o que a rodeia. Quem a rodeia.
Quem vale a pena. O que não vale a pena.
Em suma, as prioridades que se impõem quando nos encostam à parede.
Quando a vida nos encosta aos arames.
Como no boxe. Toca a trocar de luvas, beber água, ganhar novo balanço, e vamos embora.

Eu vou com ela, vou-lhe dar a mão, o braço, tudo que puder dar.
O que levamos da vida afinal são as batalhas que travamos, e vencemos.
Não as que perdemos, dessas não reza a (nossa) história.
Levamos de cá os afectos, os sentimentos, o que nos une uns aos outros.

E se pudermos ter companhia neste percurso, porque é que havemos de ir sozinhos..?
Se não for com mais nada, que carreguemos os nossos sorrisos, contagiantes, em que franzimos as duas os olhos, e ficamos ali três segundos sem respiração, a rir que nem umas perdidas.
Dos anos em que não existiam doenças de bichos maus, nem nada que nos assustasse.
Havia só a escola, as aulas a que faltávamos de vez em quando por motivos de força maior (not!!) e as insólitas viagens de estudo, em que tudo nos acontecia como num filme do Tarantino.


Embora lá minha P, vamos as duas, que a rir disparatadamente é mais fácil.
Muito mais.












3 comentários:

  1. "Ouve o que este quase otagenário te vai dizer: amigos na vida são muito poucos. Conheci muita gente. Amigos a sério? Só um. Quando precisei mesmo (dinheiro) pedi-lhe, e ele esteve lá. Amigos, diz-se, no máximo tem-se quantas nozes conseguires tirar com uma mão de um saco (no máximo cinco). Esse meu amigo, deu o meu nome no hospital, quando sabia que ia morrer. Se for preciso alguma coisa liguem-lhe, disse." São algumas frases que retive da conversa que tive com um senhor sábado passado. E é verdade, cruzamo-nos com muitas pessoas ao longo da vida, mas amigos, daqueles a sério, que decidem ficar ao teu lado, simplesmente porque gostam da pessoa que tu és, esses, que ficam quase incondicionalmente sem nenhum interesse escondido? são muito poucos.

    As doenças nunca são fáceis mas é quando mais precisam de nós que devemos estar presentes, mostrando que nos preocupamos. E para mim ser amigo é também isso: preocupar-se.

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    1. Sim, já há alguns (não muitos) anos que vejo as coisas assim. Contam-se pela quantidade de nozes, ou até mesmo pela quantidade de tangerinas que se agarram. E serão 2 ou 3 no meu caso ;) Obg Konigvs.

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  2. E que bem que se está entre os vossos risos e as vossas gargalhadas!

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