quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Achas..?

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Achas que o Mundo era o quê se tu não existisses?

Há agora um anúncio que começa assim, com esta pergunta.
A ideia é pôr as pessoas a pensar na influência que têm nos outros e, consequentemente, no Mundo que as rodeia. E em como o Mundo poderia, ou não, ser diferente sem a nossa presença.

E damos por nós a pensar nisto, mesmo que não faça muito sentido à primeira reacção.

Confesso que não é um assunto que me tire o sono, ou que me deixe mais ou menos pensativa.
Ou mais ou menos reactiva.
Pessoas como eu, que têm tanta coisa para fazer durante o dia (e que fazemos o que achamos ser correcto, e só por si já é de louvar) não perdem muito tempo a pensar se o Mundo seria diferente se não existíssemos...

Ou em que medida estaria diferente à nossa "não passagem" por ele.

O dia a dia, pelo menos o meu, é bastante focado no presente, no que fazer agora, no imediato.
E só depois, na chegada a casa, no descanso com os amigos, na piscina, na calma que é a descompressão dum dia de trabalho, só depois é que paro uns minutos para pensar no que acho que o Mundo seria se eu não existisse... mas num plano mais racional e não muito floreado...

E atenção, sou das pessoas mais emotivas e lamechas que conheço.
Só que não me considero importante o suficiente para mudar o Mundo.
E ele continuaria igualzinho ao que é se eu não existisse.

Já o meu Mundo...é outra história.
No meu Mundo mando eu.
Eu é que faço as minhas próprias regras. E só eu é que posso quebrá-las.
E depois renegociá-las comigo outra vez.

E encontro aqui um plano de equilíbrio que me tem ajudado a seguir em frente.
Corro, caio, levanto-me e ando mais devagar.
E quando ganho balanço de novo, felizmente tenho o meu Mundo de mãos dadas comigo.





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4 comentários:

  1. Em modo-lamechas tenho andado eu, e tirando esta fase é quase sempre. Mas por estes dias perguntava-me "quem é que sentiria a tua (minha) falta se tu morresses?" - Será que eu toquei verdadeiramente alguém nesta vida? E pronto depois lá me pus a refletir sobre as minhas questões existenciais, e talvez um dia destes escreva uma verborreia qualquer acerca do assunto.

    Quanto ao mudar o mundo, eu já refleti sobre isso, e acho que nós estamos todos ligados. Não é teoria, daquelas do "se queres mudar o mundo, começa por mudar as pessoas à tua volta..." ou "movendo um grão de areia de cada vez, conseguimos mudar uma montanha"...
    Começa logo nas escolhas que fazemos, das pessoas que decidimos conhecer ou não, nas pessoas que decidimos ser amigos ou não. Nestes encontros e desencontros, uma simples separação amorosa, muda o curso de inúmeras pessoas, porque abriu a porta a que outras duas pessoas entrassem na vida destas duas pessoas que se separaram. E se estas duas pessoas não entrassem, estariam outras pessoas com estas pessoas... tudo seria diferente, de todas as pessoas do mundo! Eu ainda nem vi o filme (Efeito borboleta) mas se calhar um pequeno bater de asas de uma borboleta provoca mesmo um tufão do outro lado mundo...
    Todas estas vidas que se cruzam, tudo isto é um mistério para mim: destino, livre arbítrio, coincidência? Eu quero acreditar que somos nós que fazemos o nosso destino, mas cada vez mais, para o bem e para o mal, sinto que estamos a ser manipulados, como marionetas...

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    1. Marionetas não diria, porque temos voz activa nas nossas escolhas. Manipulados pelas nossas vontades? Talvez. Afinal nem sempre são as mesmas, não é..? E lamechice aka emotividade não envergonha ninguém! Já dizia o outro...quem não se sente... ;) Obg Konigvs.

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    2. Eu quero acreditar que é mesmo o nosso livre arbítrio que decide as nossas escolhas, mas quando vejo pessoas com "informação privilegiada" saberem do futuro dos outros, isso deixa-me a pensar... Como é possível saber-se sobre o futuro se as escolhas ainda não foram tomadas? Afinal, estamos a decidir por nós, ou estamos simplesmente a seguir um guião pré-definido? E nem vale a pena racionalizar muito sobre certas coisas, que certamente estão para além do nosso (meu) entendimento.

      Nada! Eu não me sinto minimamente envergonhado por sentir. Não sou um morto-vivo como grande parte das pessoas. Eu sinto, e muitas vezes sinto muito! Só que hoje em dia as coisas andam viradas do avesso. Os defeitos passaram a ser virtudes - a arrogância confunde-se agora com auto-confiança e é muito elogiada! - e as virtudes a ser defeitos - a modéstia e a humildade são hoje claramente defeitos! - e outras vezes elogia-se muito, um comportamento que deveria ser tão normal como o da honestidade! Basta ver que sempre que uma pessoa encontra muito dinheiro e o vai entregar à polícia, isso faz manchetes nos jornais, porque toda a gente fica admirada com o facto de ainda existirem pessoas honestas!
      E é com muita pena que vejo as pessoas reprovarem a emotividade. Nesta selva que vivemos hoje em dia, mostrar que se tem sentimentos é quase uma aberração! Olha, tal como aberrante era dizer-se que se tinha mãe e pai, ou que se gostava de uma só mulher no "Admirável mundo novo" (reli no ano passado e sem dúvida que me revi no "Selvagem").

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    3. É quase uma sensação de virados do avesso. Como se tudo que nos foi incutido moralmente (e que está certo, não duvido - não duvides)tivesse sido deturpado por este "Admirável Mundo Novo" de que falas. Se não podes vencê-los, não te juntes a eles. Cada vez mais de acordo. Obg Konigvs.

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