terça-feira, 31 de março de 2015

Adoro. Hold on Tight.


Adoro.

A música, as cores, estas delícias pequeninas.
Quase se sente este calor africano.

Adoro Adoro Adoro.

Hold On Tight.



To Miss

A Saudade é assim uma coisa boa e má.

Às vezes tenho saudades de pessoas com as quais estou naquele momento. Porque sei que daqui a pouco vão embora de novo, e já sinto a sua falta.
É um pouco parvo, confesso. Mas incontrolável.

Outras vezes tenho saudades de pessoas com quem nunca mais estive. Saudades boas. Saudades recordadas com um sorriso. Que será feito daquela alminha? Tenho de lhe ligar, enviar um e-mail, qualquer coisa. Saudades saudáveis.

Depois tenho também aquelas saudades que doem muito durante muito tempo, mas que o tempo atenua, e que doem menos agora. São as saudades de quem parte do plano físico, e fica apenas no etéreo, espiritual. Saudades eternas.

Há também a saudade do que ainda não aconteceu. Confuso?
Há quem lhe chame ansiedade. Eu prefiro chamar-lhe saudade do desconhecido.
Porque é assim um misto de excitação com curiosidade.
Do que há-de vir, como há-de vir, quando há-de vir.

Por isso é que eu acho que é assim uma coisa boa e má.
Quando é boa, é muito boa.
Quando é má, é mesmo má.

Tenho sempre saudades dos lugares quentinhos que guardo no coração. Estas estão sempre comigo. E mais importante, não prescindo delas. Embora estejam arrumadas e etiquetadas nas suas próprias gavetas, faço questão de as arejar de vez em quando, pô-las à janela, e deixá-las apanhar sol.
É o que faço na Ericeira do meu coração. Espero fazê-lo este fim de semana. Que saudades.

Tenho saudades dum sorriso que se tornou importante para mim. Dum abraço que me aquece a alma e me conforta. Tenho saudades de ti, que guardo com tanto carinho cá dentro.  Estas saudades são também quentinhas. Mas ainda não aprendi a doseá-las. Nem quero. Significaria que as controlo, e gosto destas saudades descontroladas, desprogramadas. Sem aviso, como tu.

Gosta da palavra Saudade. Diz-se que existe apenas em Português e que a palavra em si não é possível traduzir. Traduz-se o ter saudades, mas não a palavra isolada.
I miss You
Te hecho de menos
Tu me manches
Tu mi manchi

É assim uma coisa boa e má.
Mas tenho para mim que é mais Boa que má.



















Let Go


And she finally said to her Heart to Let Go.

Just simply. Let Go.

Trust Him. He will never, ever, let you down.







Sou Transparente?

Muito se fala sobre o ser-se ou não transparente.

Sobre o conseguir-se "ler" alguém à primeira.
Ou à segunda, e terceira vezes.

Eu gosto de pensar que passo uma imagem clara da minha pessoa.
E que não me refugio em identidades alternativas para fazer chegar a minha mensagem.

Mas por vezes penso não ser uma boa julgadora de carácteres.
Não é fácil para mim ler uma pessoa na primeira conversa. Às vezes, só mesmo a partir da segunda conversa é que o panorama começa a ficar mais claro. Isto com o que tem de bom e de mau, claro.
Posso ficar com a certeza que aquela pessoa até é porreia, e não parecia nada à primeira vista.
Ou então não, aquela pessoa afinal não interessa nem ao menino Jesus, ia-me enganando.

É como um jogo de espelhos, na realidade.
Dependendo do ângulo por onde olhamos, assim o seu reflexo nos parece mais ou menos distorcido.
E depois, se olharmos através dum ângulo completamente diferente, a imagem aparece-nos perfeita, sem mácula.

Acho que é por isso que nunca ia à casa dos espelhos, na Feira Popular. Aquilo metia-me medo. Como é que éramos tão elegantes há dois minutos, e parecemos agora anões atarracados, a esta nova visão, e diferente ângulo?

O caminho do crescimento enquanto seres humanos obriga-nos (ou devia) a olhar para dentro de nós sempre com mais e mais atenção.
Acho que enquanto não nos conhecermos a nós mesmos, nunca poderemos entrar na aventura maior, que é darmo-nos a conhecer aos outros. Como é que eu dou de mim, se não sei quem sou?

Às vezes penso nestas coisas. Só às vezes.
Felizmente tenho consciência de mim. E acho que tenho consciência do que sou, em interacção com quem me rodeia.
Sou transparente? O meu sorriso diz que sim.
Às vezes não filtro o que digo? Pois. Transparência ou impulsividade?

Se calhar impulso, mas Impulso Transparente.




























With a Little Love

Gosto de cozinhar.
Mas não adoro cozinhar.
Adoro, isso sim, o resultado da cozinha com amigos, com amor.

Gosto de inventar.
Gosto de experimentar receitas.
Gosto do cheiro das especiarias.
Gosto do cheiro da noz moscada.  Do gengibre.

Gosto de piri-piri. Gosto mais agora que antes.
Gosto do Master Chef Austrália, e desses destinos e cheiros exóticos.
Gosto de caril. E de açafrão. E dos países que a minha amiga H visita, e aos quais volta sempre.
Gosto do peixe da Ericeira, e do marisco. Das lapas e dos ouriços que comia em criança. Crus, à beira do mar.

Gosto do Sal do Mar.
Gosto do Sal da Vida.

Gosto de partilhar os tachos, os talheres e os copos de vinho com uma boa conversa a dois.
Gosto de partilhar uma sobremesa, e descobrir os teus segredos.

Gosto do tempero que construímos todos os dias. Para temperar receitas mais ou menos elaboradas, mais ou menos percebidas.

Gosto de colocar um bocadinho de Amor em tudo que cozinho.
E depois de colocar todos os ingredientes e todos os temperos, gosto de ficar a ver o lume levantar fervura. Primeiro devagarinho, a medo.

Mas depois com uma chama tão alta e confiante, que fica com um sabor único e impossível de copiar.










segunda-feira, 30 de março de 2015

Gosto de Pessoas Corajosas

Gosto de pessoas corajosas.

Pessoas com coragem para arriscarem se não tudo, pelo menos alguma coisa.
Pessoas que acreditam que aquele projecto vai dar certo.
Pesoas que deixam tudo para trás e conjugam o Verbo Ir na 1ª Pessoa. Eu Vou.
Pessoas que ultrapassam doenças imprevistas com uma força sobre-humana.
Pessoas que Acreditam que podem Mudar. A sua Vida.

Gosto do S.
Estive este Domingo com ele, meu amigo de há muitos anos. 40 anos, 2 filhos maravilhosos, e um cancro precoce. Lutou que se fartou o S.
Desde Dezembro até agora. E venceu.
Coragem.
Pelo menos para já, que isto dos cancros são bichos adormecidos. Eu quero acreditar que este bicho não acorda mais. Que hibernou para sempre. Pelo menos foi isso que tentei transmitir, e acho que sim, que o S tem toda a boa energia dele, da família e dos amigos do seu lado. Não cura? Pois não. Mas consola. Conforta. O que, a meu ver, cura a alma.

Gosto do Z.
Volta este mês de Moçambique, para onde emigrou há 2 anos. Maputo.
Coragem.
Um filho pequenino de 4 anos que ficou com a mãe em Portugal e lá foi o Z fazer pela vida.
Posts emocionados no FaceBook, no Skipe, no Insta. Muitos meses de saudades, mas a certeza de que está a construir um futuro para o filho, é o que o move.
Estou contigo Z, e sempre que posso, deixo-te uma palavrinha de força na Tua Aventura.

Gosto Muito de pessoas com este calibre de coragem.
Mas também gosto de coragens rotineiras, que nos põem à prova todos os dias. Essas a que já nos habituámos, mas que não deixam de ser feitas com coragem.
Chamo-lhes as Minhas pequenas coragens do dia a dia. E não as dou como adquiridas. Isso seria a maior falta de coragem de sempre.

Gosto de rotinas boas. Gosto da coragem de acordar, cheia de sono, mas acordar.
Gosto de hábitos. Repetidos quando são bons.
Gosto de arriscar hábitos novos. E repeti-los quando são bons.
Gosto da coragem de sonhar. Sou a maior corajosa que conheço.
Gosto da coragem de conduzir sem rumo. Mesmo que não saiba o caminho. Ir.
Gosta da coragem de errar. Da coragem de assumir que errei.
Gosto da coragem de Amar. Incondicionalmente. E da coragem de recomeçar quando me fazem uma rasteira.
Gosta da coragem de Acreditar, que começa com A de Amar.

Gosto da coragem de ser corajosa. Gosto de arriscar pensar que vou ser sempre assim.
Principalmente quando me dizem Ahh não terias coragem.

E isso dá-me força. Para continuar.




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domingo, 29 de março de 2015

Os meus lugares certos

Tenho aqueles dias em que duvido.
Duvido se o meu caminho é o certo, e se lá chegarei, onde quero ir.
Porque ir, eu vou. Agora se lá chego, é que são elas.
Duvido também quando me detenho algumas vezes na estrada, a pensar. Paro de andar e fico assim quieta, a ouvir-me a mim mesma.
Porque eu acho que é muito bom parar para questionar.
Principalmente quando se tem certezas que ficam ainda mais certas.
Às vezes fico à espera duma qualquer intervenção divina, que me dê alguma resposta. Mas isso não pode ser, porque as minhas divindades, quem me orienta, são os Meus. Os meus amigos, as minhas pessoas importantes, os meus Guias. Essas são as respostas divinas de que preciso, mais nenhumas.
E continuo o caminho. Porque tenho de ter consciência dos medos certos. E não dos desnecessários.
Certa de que não prejudico ninguém e, que tento fazer deste meu caminho uma inspiração (não um exemplo, que não sou tão pretensiosa assim) para aquelas pessoas que carregam dezenas de mapas, bússolas e rosas dos ventos, mas que ainda assim não chegam lá. Lá, onde querem chegar.
Porque o que importa é o caminho. Se lá chego / chegamos ou não, será um detalhe.
Mesmo que a vida me troque as perguntas, a minha resposta será sempre a mesma.
Teimo em querer aprender a ser feliz todos os dias. E celebro todas as pequenas felicidades diárias. Um raio de Sol, maravilhoso como hoje. Perfeito.
E por isso Teimo. Nem sempre consigo e por isso persisto. Nos lugares e nos amores certos.
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 28 de março de 2015

Confia

Confia.
Confia em mim.
Deixa-me levar-te pela mão.
Não porque tenhas medo. Tu não tens medo, e eu também não.
Mas porque há alturas em que precisamos desesperadamente de confiar.
E só assim conseguiremos prosseguir a nossa marcha.

Lembras-te quando eras pequena e tinhas de passar em frente àquele portão? Havia lá um cão que te assustava, era maior que tu. Levantavas a mão à procura da mão da avó. E confiavas. E passavas em frente ao portão. E o susto deixava de ser susto, e passava a ser prova superada, conseguida. Confiavas.

Lembras-te quando aprendeste a andar de bicicleta? Achavas que não ias conseguir equilibrar-te nunca, quanto mais pedalar sem as rodinhas de trás. Um dia consigo. Vou tentar tanto e tantas vezes, que um dia consigo. E conseguiste. Levantaste o queixo, endireitaste o tronco e focaste a tua visão naquela árvore lá longe, onde tinhas de chegar. Pedalas agora segura pela vida fora. Confias.

Lembras-te do primeiro dia de escola? Olhos arregalados, mãos trémulas, uma mochila maior que tu. A vida maior que tu, a dizer-te baixinho: chegou a hora. É hoje que começa mais um caminho.
Confiaste. Estudaste e formaste-te com distinção. Olhas para aqueles tempos com um sorriso terno. Confiei, não foi?

Lembras-te do primeiro beijo, na escola secundária? Atrás do pavilhão de jogos, com o coração assustado, medo de que alguém pudesse ver e estragar aquele momento, em que ias finalmente experimentar as borboletas na barriga. Aquelas de que falavam a A e a R, e que eram tão boas que tinhas mesmo de experimentar. Confias? Confio, pois. Afinal não sentiste borboletas, mas sim sabor a mentol, e uma sensação de carrossel. Ainda bem que confiaste.

Lembras-te do teu primeiro carro? Da emoção, nervoso miudinho, mãos suadas.
Confia em ti, vais conseguir. Aplica o que sabes. Olha em frente e não para a estrada, com as duas mãos no volante. Hoje conduzes descalça, com uma mão no volante e a outra no rádio, no colo, no cabelo, nos óculos. Conseguiste. Orgulho. Confiança.

Por isso, Confia.
Confia em mim.
Sabes porquê?
Porque confias em ti. E isso é só o que precisas.



 















quinta-feira, 26 de março de 2015

As pessoas acontecem-nos.

Tenho para mim que as Pessoas nos Acontecem.

Não as procuramos, desejamos, ou sequer pensamos em colocá-las no nosso caminho.
Elas aparecem e pronto.
Acontecem.

Das formas mais variadas, inesperadas e completamente sem aviso.

Cabe-nos depois filtrar quem queremos que nos Aconteça algum tempo, muito tempo, para sempre. Ou quem não queremos que aconteça. Ponto.

E para mim esta é a beleza maior. O podermos escolher, de forma soberana, os Acontecimentos da nossa própria Vida.

Acredito que o nosso caminho traçamos Nós.
E o segredo será seguir o instinto, será seguir esse nosso caminho, sem derrubar ninguém, que não é preciso. Porque quem derrubamos na nossa jornada (acredito piamente que é sempre sem querer que o fazemos, fazê-lo propositadamente seria anti-natura) pode ter-nos Acontecido por algum motivo.

Também acredito que todas as pessoas que nos Acontecem é por uma qualquer razão superior, que havemos de entender um dia, caso o nosso discernimento fique toldado por algum tempo e, durante algum tempo, não o entendamos.

Acredito também que, da mesma maneira que nos Acontecem pessoas, nós também acontecemos na vida dos outros. Há sempre dois caminhos: o ir e voltar, o dar e receber, o amar e ser amado, o sonhar e o Acontecer.

Hoje um bocadinho mais filosófica, mas muito crente ao mesmo tempo.

Na Vida, nos Acontecimentos e nas Pessoas que me têm Acontecido ultimamente.
Gratidão.









quarta-feira, 25 de março de 2015

Saudades de Ti

Não tenho saudades tuas.
Essas saudades são Tuas e não me pertencem.

Tenho sim Saudades de Ti.

É desta forma simples que um amigo meu se refere ao Amor da Sua Vida.
Encontrei esta frase na sua secretária e perguntei-lhe disfarçadamente o que queria dizer, qual a sua versão daquela frase.
E ele respondeu que era uma questão de semântica.
Que as Saudades não se possuem, pois não são pertença de alguém.
O que se sente falta é da Pessoa. Da Pessoa em Si. Simples, não achas?
E eu digo que sim, acho sim senhor.

Já lá vão uns anos e nunca mais me esqueci desta forma de colocar esta questão, por parte deste meu amigo. Hoje trabalhamos juntos, e de vez em quando vem á baila o assunto, e sorrimos os dois com esta lembrança. Viste? Tantos anos depois, ainda faz sentido. E o Amor da Vida dele é ainda o mesmo.

Está tão certo, tão certo, que dou por mim a pensar mas: Mas como é que eu / e o resto do mundo, já agora, nunca vimos a coisa desta forma? É tão simples, tão humilde e tão gentil de se ver.

Volto a um dos meus temas preferidos, que é o manter simples, o que sempre foi, e não complicar.
O meu querido Keep It Simple. Não racionalizar demais. Viver o momento da melhor forma possível.
Aceitar o que não pode ser mudado, mas contornar a situação da melhor forma que podemos.
Não é? (Pergunta de retórica, porque eu estou totalmente convencida disto).

Acho que um sorriso de esperança todos os dias é mais eficaz que um sofrer por antecipação só porque sim.
Acho que uma palavra querida para alguém faz mais sentido do que ficar calada com medo de a dizer (mesmo que pareça um disparate).

Acho que temos de dizer o que precisamos de dizer, a quem precisamos de dizer, quando precisamos de dizer.
Senão corremos o risco de ficar tremidos por dentro, com a fé perdida / partida.

Não calar o que nos vai na alma é tão importante como respirar. Para mim é.
É libertar o que somos, da forma mais simples possível.
Porque se prendemos, reprimimos. E não se pode reprimir o que é Bom.

Verdade?


 










terça-feira, 24 de março de 2015

A minha Religião?


A minha Religião?
É o Amor.

Ah não é a Católica...? Fizeste a Primeira Comunhão e tudo...
Pois. É a tal que existe um bocadinho em mim também (quando preciso de falar com Ele, o Senhor Deus, falo na mesma). Mesmo que ás vezes não me sinta muito Católica.
Há dias em que sou até bastante Protestante.
Mas neste caso levo á letra. Protesto protesto.... Nem sempre só quando tenho razão, admito.

Mas independentemente disto tudo, a minha Religião é a do Amor.

Não me consigo subdividir em categorias que não compreendam esta forma de Ser e de Estar.
Porque isto de Ser e Dar Amor nem sempre me foi fácil. E ainda não o é, muitas vezes.
Nessas (muitas) vezes dou por mim a contar até 50, a encher o peito de ar, e a pensar para comigo: Dar Amor o caraças. Vais dar uma resposta torta a essa pessoa que te está a arreliar, e muito rápido!
Mas depois acalmo e penso melhor: se foi o que eu escolhi, vou agora deixar de ser coerente?

E a minha Religião continua a ser a do Amor.

E tento "evangelizar" quem me rodeia, das mais variadas formas.
Acho que basta sorrir, tantas vezes.
Porque tenho a profunda convicção que Amor gera Amor. Acho que temos reacções em cadeia, tipo dominó.
E acho também que basta alguém começar.
Um sorriso bonito desarma. Não uma pessoa bonita, curiosamente. São coisas tão diferentes.

Diz-se também que a Paciência é uma virtude. Eu acho que Amar também. E acho que se aprende.
E acho também que nem toda a gente consegue, ou conseguirá, pelo menos uma vez na vida.
Seja o que, ou quem for que se ame. Não falo necessariamente do Amor romântico. Podemos Amar tantas coisas das mais variadas formas, que seria muito limitativo dar importância apenas ao Amor romântico.

E professo esta Religião com toda a minha essência. Que Nunca mudará.
Acredito que as circunstâncias mudam, mas nunca o nosso Eu.

Acredito sim, que nos podemos moldar em milhentas pessoas (ou sombras, como já comentei a propósito do dito filme), e de milhentas maneiras. Mas nunca anulando a nossa identidade.
Essa é una, e indivisível!

A minha Religião continuará a ser a do Amor, mesmo que tropece algumas vezes nele e me enrede totalmente na sua rede.

Sou aquela pessoa que diz: Ai o que eu fui fazer..e agora? E agora vou gerir as consequências...Boas e menos Boas (más nunca.. porque fiz em consciência, e nunca podem ser más...).

E não aquela pessoa que diz: E se eu tivesse feito? Teria sido diferente? Porque não fiz..?
Porque aqui já me teria anulado um bocadinho.
No Ser e no Dar. Amor.

Sempre.





























segunda-feira, 23 de março de 2015

Á procura do Sol

O equinócio da primavera ocorre a 20 de março e marca o primeiro dia da primavera.
Segundo os cálculos da astronomia, dá-se o nome de equinócio da primavera ao momento exato em que tem início a estação da primavera. A astronomia define então como equinócio da primavera o instante em que o Sol, assim como o vemos do planeta Terra, cruza o plano do equador celeste, isto é, a linha do equador terrestre que é projetada na esfera celeste. Quando este evento acontece em março, chama-se de equinócio da primavera no hemisfério norte. No hemisfério sul o equinócio da primavera acontece em setembro.

E é isto o que se passa nos dois hemisférios: Sul e Norte do Globo terrestre.
São dados científicos, comprovados e mais que estudados. Ponto assente.

E depois há todo um paralelismo com os dois hemisférios Sul e Norte, mas dentro da nossa cabeça.
Os nossos dois hemisférios cerebrais, que ditam o pensamento lógico, no hemisfério esquerdo, e o pensamento criativo, no lado direito (excepto nos canhotos, ou esquerdinos, em que é tudo ao contrário, só para confundir. Não admira que fossem considerados filhos do Diabo na Idade Média, que isto de confundir os outros não se faz).

Chegados a esta altura do ano, fartinhos de chuva e de frio, fartinhos de queixumes e lamúrias, mal vislumbramos um raio de sol, parece que enlouquecemos por alguns dias, até nos habituarmos a esta nova realidade, e toca de despir roupa, botas, botins e afins, e dar as boas vindas a esta prima, que é afastada, que bate á porta 1 vez por ano (nem sempre lhe abrimos a porta, que vem com o nariz a fungar e com a mala cheia de anti-histamínicos, uma chata), e saímos numa perseguição louca de pássaros e abelhas. Vamos á procura do Sol.

Estando a Primavera interligada com os pássaros (que põem ovos nos ninhos), e com as abelhas (que transportam pólens de flor em flor), há uma ligação entre a Natureza e os seres humanos.
Há sim. Não só no sentido The Birds and the Bees, People and Babies entenda-se...

Na Primavera  saímos todos um bocadinho da nossa toca, de alguma forma. Acordamos duma certa hibernação, acho. Ou os nossos alter-egos acordam, talvez.
Primeiro somos pessoas menos carrancudas quando chegamos ao trabalho. Chegamos até, imagine-se o poder desta prima afastada, a sorrir para os colegas, e até a dizer-lhes bom dia. A loucura.
Quiçá, se amanhã os passarinhos continuarem a cantar, não perdemos a cabeça, e não pagamos um café ao colega do Depto em frente, com quem passámos o Inverno todo a embirrar. Não é que gostemos mais dele, não, de todo. Apenas não nos incomoda tanto ele ser sopinha de massa e cuspir tudo quando fala. A sério, a Primavera não faz milagres, mas ajuda-nos a imaginá-los.

E eis que a Prima (já não tão afastada agora) nos aquece os dias, com este calorzinho meio medido...que ainda não é bem quente, mas já não é tão frio.

Ganhamos coragem e lá vamos nós, de mão dada com ela, a cantarolar como quando éramos garotos. Como quando contávamos os dias e as semanas para as férias grandes.

Enchemos o peito de esperança, levantamos a cabeça em direcção ao Sol e seguimos, sempre a cantarolar. Esperança, esperança, esperança...

Acreditamos que o que aí vem só pode ser melhor.

E se acreditarmos com muita força, não há como não ser. Melhor.
















sábado, 21 de março de 2015

Parece confuso, mas não é.

Falava ontem com o meu querido B acerca de relações e relacionamentos.

Acerca de como cada um de nós vê um ou outro amigo, de quem é mais ou menos próximo, e de como essa vivência pode influenciar a própria pessoa, ou as pessoas que o rodeiam...
Parece confuso, mas não é...

Quando estamos alegres, felizes da vida por qualquer motivo seja ele qual for, parece que queremos cantar e informar toda a gente acerca do nosso estado: De Bem com a Vida!
E por conseguinte, espalhamos essa boa energia, deixamos que flua até ao próximo, e o ciclo da boa partilha energética tem início....

Pelo contrário, quando a Vida nos é um pouco madrasta, não é de sorriso na cara que andamos na rua, que vamos para o trabalho, ou que vamos de cara alegre jantar com aquele amigo, ou a casa dos nossos pais. Apetece-nos na realidade hibernar aí uns.....hummm....15 dias, a ver se passa.
E eis que as más energias estão lançadas em nós e ao nosso redor.

O grande segredo, a meu ver (e este blog tem como segundo nome Life as I see It, e vale o que vale), é encontrar um equilíbrio nessa descarga energética, do bom e do mau que podemos lançar aos outros.

É difícil encontrar um equilíbrio? É.
Mas é possível.
Parece confuso, mas não é.

Como pessoa crente que sou, em mim, nos outros, na vida em si, e na certeza que o Universo conspira a nosso favor (ás vezes parece o contrário porque estamos a olhar para o lado, mas há sempre uma razão, um propósito!), tenho esta teimosia latente e constantemente activa(da) sobre o facto de que nós temos o direito/dever de dar sempre uma oportunidade aos outros.

Não é dar uma segunda oportunidade, é dar A oportunidade em pleno, em cheio, como se soubéssemos que é a única fórmula que existe. Como se um tal acto de altruísmo nos tornasse em melhores pessoas, melhores seres humanos.

Eu acho isto possível. Tento um bocadinho todos os dias. Eu digo tento porque é uma aprendizagem constante.

É arregaçar as mangas e ir á luta de nós mesmos, só que através dos outros.
E temos surpresas tão, mas tão Boas.

Parece confuso, mas não é.
















sexta-feira, 20 de março de 2015

Piropos e Pequeninos Empurrões


Há poucas probabilidades de estarmos á espera para atravessar numa passadeira, a olhar para o semáforo á espera que passe a verde para os peões, ás 6 da tarde duma qualquer sexta feira de trânsito intenso, e uma carrinha cheia (insisto, cheia) de trolhas, nos parar á frente.
Impossibilitando que andemos para o lado, atulhado de peões como eu, ou para trás, atulhado de peões como eu, ou para a frente, carrinha cheia (...) de trolhas.
Nota Importante: Nada contra os trolhas, absolutamente. Tenho inúmeros primos trolhas na família, e trabalham que se fartam. Bem hajam.

E aqui dá-se a magia da nossa sociedade moderna. É aqui que nos apercebemos que descendemos realmente dos macacos.

"Ohhhhh BOUAAAAAA!!!! Vamos prá tua casa ou prá minha???"

Perdão?
Não, não vou pedir para repetir, deixe lá. Perdão é uma maneira de falar!

E depois aqui temos algumas alternativas. Não várias! Mas algumas. Senão, vejamos:

a) Ando para trás e caio em cima de todos os peões que lá estão.
b) Ando para o lado direito e empurro todos os peões que lá estão, uns para cima dos outros.
c) Ando para o lado esquerdo e aquela senhora de etnia cigana palma-me (gosto do verbo palmar) a carteira, assim que cair em cima dela.
d) Dou um passo em frente e bato com o nariz na porta da carrinha dos trolhas (talvez aqui conseguisse uma rinoplastia de graça, alegando que parti o nariz ou desviei o septo nasal ou assim. Não morro de amores pelo meu nariz).
e) Aguento-me á bronca. E dou de caras com um diálogo de segundos que será delicioso.

Ora, opção e em curso, vamos lá acabar com o sofrimento desta gente:

" As duas!! Pode ser? Tu vais prá tua casa e eu vou prá minha. Boa??"


E desato a rir, claro. Não me contive. Nem quis.
Não iria armar-me em arrogante e não responder aos senhores trolhas e ao seu convite (ia pôr amável convite, mas duvido que amabilidade constasse do que tinham em mente).

E consegui: ter metade dos peões a rir, outra metade a abanar a cabeça em sinal de desaprovação (que gente mal educada barra raça da miúda tão atrevida), uma carrinha de trolhas a arrancar quando o semáforo passou para verde, ainda a pensarem no que eu quis dizer com aquilo (sem saberem muito bem se lhes tinha corrido bem ou não), e uma peã (esta palavra existe?) a rir-se a bom rir, com o seu (meu) nariz intacto.

Verdade seja dita que o piropo não é novo, mas calhou ali mesmo bem.
Acho que toda a gente devia ter um ou dois piropos na cartola, para estas ocasiões.

Em suma, continuei bem disposta, os senhores trolhas foram á sua vida, e o Mundo continuou a girar da mesma maneira que há 5 minutos atrás.

Lições a tirar destes pequenos episódios...deixa ver...

Ah! Que temos o poder de mudar o rumo de algumas coisas que nos acontecem. Aquelas que são intuitivas, viscerais. E, se mantivermos a essência do que somos, só podem correr bem.

Porque tal como o semáforo abre e fecha de verde para vermelho e vice-versa, e empurra a carrinha dos senhores trolhas no seu caminho, ás vezes só falta um pequenino empurrão para as coisas boas acontecerem.
E nos empurrarem no caminho certo.
















quinta-feira, 19 de março de 2015

Dezasseis, quase Dezassete

Hoje é o aniversário da minha amiga C.

Já lhe dou os parabéns desde 1999, ininterruptamente, sem falhar 1 ano.
Não porque tenho um calendar no Outlook, mas sim porque não me esqueço. Naturalmente.

Dezasseis anos de amizade, quase dezassete. Que orgulho.
Desde Maio de 1998, em que começámos a trabalhar juntas, até aqui, em que seguimos caminhos tão diferentes, mas com algo em comum, Nós.

Nós e as nossas brincadeiras e gargalhadas naquele escritório.
Nós e a pizza que cortávamos com a tesoura, para ficar uma fatia certinha!
Nós e os nossos amores e desamores. E amores e amores e amores...
Nós e os piscares de olhos em sintonia.
Nós e a certeza de que é possível ter amigas Mulheres.

E hoje, como desde sempre, a nossa voz ao telefone é igual, rimos da mesma maneira, dizemos palavras que inventámos há anos e continuamos a usar num dialecto muito próprio (que mais ninguém percebe).
A vida mudou, a minha e a dela, e fomos perdendo pessoas, oportunidades, manias, paciência por vezes. Perdemos algumas alegrias ao longo destes dezasseis anos. Houveram doenças inoportunas pelo meio, tragicomédias pessoais e marcas que a vida nos deixou. Tudo arrumado na sua devida gaveta.

E nestes dezasseis anos ganhámos tanto!...ficámos com a certeza que construímos um forte chamado Amizade em redor de nós duas, ganhámos maturidade enquanto mulheres, cidadãs do mundo, tornámo-nos boas profissionais. Boas pessoas. E ganhámos paciência outra vez. E alegrias novas. Aprendemos que nunca é demasiado tarde para começar o que quer que seja a que nos proponhamos.
E é tão bom.

A C é daquelas amigas que não é preciso falarmos todos os dias, ou todas as semanas...mesmo que falemos uma vez por mês, parece que foi ontem.
O tom de voz é o mesmo, o riso sai natural, e o coração fica leve e quentinho quando falo com ela.
Happy to have you Close.

E que venham mais Dezasseis. Quase Dezassete.











Ink


Quando se adora uma canção de paixão, podemos estar sempre a cantá-la não é..?

É como com as pessoas que adoramos. Só queremos estar com elas.

It's All I know for Today.

Cold Play. Ink.






All I know
All I know
Is that I'm lost
In your fire below
All I know

Elastic Heart ou o Jogo do Elástico

Vinha hoje a conduzir e começam os primeiros acordes duma canção da Sia, Elastic Heart.

Prestei atenção ao título da canção, e depois vim atenta aos meus próprios pensamentos.

É engraçado como ás vezes damos por nós a identificar um bocadinho nosso, naquele bocadinho de letra que ouvimos em 2 ou 3 minutos. Seja uma vivência, uma experiência, um trocar de olhos com alguém na rua, um déjà vu...qualquer coisa fugaz, mas que nos transporta para dentro da canção, e ficamos lá dentro um bocadinho, perdidos em nós mesmos.

Isto de ter um Coração Elástico obriga a alguma ginástica, como o nome indica. É como o Jogo do Elástico, da minha infância.
Obriga-nos a conhecê-lo, ao nosso coração (e ao elástico do jogo), e a aprender com ele a tirar partido de toda a sua elasticidade. Que ás vezes não sonhamos sequer que ele tem.
E só em situações limite ele se decide a mostrar. Às vezes é tão em cima do acontecimento, tão no limite, que nem sequer sabíamos que tínhamos um coração a bater, quanto mais que era elástico.
E os trambolhões que dei quando o pé se prendia no elástico, e me estatelava no chão...

Eu acho que aprendi, dalguma forma inconsciente que desconheço, a esticar o meu (coração) para além da sua elasticidade inicial. É como o pessoal do desporto (aqui uma comparação um bocadinho infantil, mas que permite perceber o que quero dizer), que vai até aos limites do seu próprio corpo, e leva-o a desempenhos que por vezes não julgava ser possível alcançar.

É o que este meu coração elástico me tem ensinado.
Nos dias em que preciso de o esticar um bocadinho mais, como ontem, como hoje e, certamente como qualquer outro dia destes, ele acompanha o meu ritmo, e não desarma, não me deixa ceder. Nunca.
Fica apertado ás vezes, fica felicíssimo sem saber porquê ás vezes, indeciso, seguro de si, racional, irracional, pequenino ás vezes, gigante umas tantas outras.

Mas sempre Atento. Sempre Real.
I love to play elastics and he (the heart) loves the game.










quarta-feira, 18 de março de 2015

Tempos dão-se no Futebol

Hoje sorrio um pouco menos.
Um pouco mais lentamente.

Mas continuo de sorriso feito sempre que falo com alguém. A alternativa Não Sorrir não é uma opção hoje. Definitivamente.

Isto porque acabei de almoçar ao som de metralhadoras, vindas ali do Norte de África, da região do Magrebe.
Isto porque qualquer acto de terrorismo, na forma tentada ou, nesta forma conseguida hoje na Tunísia, me enche de repulsa, e me revolve o estômago.
Isto porque foram mortas pessoas hoje, que estavam na Tunísia, num passeio turístico organizado pela empresa onde, por acaso, trabalho.
Não sinto mais ou menos pena, mais ou menos simpatia, mais ou menos compaixão por estas pessoas do que pelas vítimas da redacção do Charlie em Paris, do que pelas centenas de pessoas mortas todos os dias na Síria, ou do que pelas vítimas do 11 de Setembro nos EUA.
Sinto exactamente o mesmo: Revolta, Injustiça, Repulsa Repulsa Repulsa...Sentimento de Impotência. Enorme.
Apenas sinto necessidade de falar sobre as pessoas de hoje na Tunísia, e homenagear dalguma forma, todas as vítimas de terrorismo espalhadas pelo mundo.
Este mundo moderno em que vivemos.
Tão moderno que prevê a ida do homem ao espaço, mas não prevê a invasão do espaço de cada um, de cada ser humano.
E da mesma maneira que nos levantamos todos os dias para ir trabalhar, da mesma maneira que damos por adquirido tudo o que temos, num estalar de dedos, tudo acaba. Pufff...
Invariavelmente só nos damos conta que a vida é finita e curta nestas ocasiões. Não é que não tenhamos essa consciência,mas em dias como o de hoje, ela fica mais presente, activa e alerta.

Penso no sentimento de felicidade das pessoas a embarcarem no navio, no friozinho bom na barriga que é ver um navio de porte altivo e que transporta 4.000 passageiros afastar-se do Cais e navegar em direcção ao horizonte. Com os familiares e amigos a acenarem, sorriso escancarado, até para a semana! Divirtam-se, aproveitem as férias! Tragam lembranças!
Ou...Não.

Acabo por achar que Menos é muito Mais nos dias que correm. Menos Tempo.
Há alguns anos eu pensaria três ou quatro vezes mais antes de tomar alguma decisão, antes de mergulhar de cabeça nalgum projecto, pediria mais que uma opinião...será que estou certa?..

Não fiquei menos atenta, mas fiquei mais rápida de pensamento, e invisto mais em mim e nas pessoas. Acredito mais em mim, e nas minhas escolhas. E não perco tempo.
Este tempo que é perdido todos os dias por tantas pessoas, sem o quererem, e sem o terem desejado. Abruptamente. Sem poder de decisão.

Dou tempo ao tempo, sim. Mas não o desperdiço. Nem fico a vê-lo passar.

Porque tempos, dão-se no futebol. E o resto é conversa, e uma perca de tempo.













Lego House

Hoje inspirada aqui:

Lego House
I'm gonna pick up the pieces and Build a Lego House. If things go wrong we can knock it Down.

Acordei com isto na cabeça. A chuva a cair e eu a pensar em peças de Lego a encaixar umas nas outras.
Há dias assim, em que sonhamos sons e barulhos que se misturam com a realidade, e acordamos meio zonzos, meio baralhados sem saber o que é real. Se o mundo desaba lá fora, ou se os sonhos se acotovelam para sair cá para fora.

No meu caso, os sonhos, os sonhos!!! E gosto tanto de vê-los a encaixar uns nos outros, sem qualquer esforço, como se a ordem do Universo a isso os obrigasse.

Como peças de Lego.













terça-feira, 17 de março de 2015

Sugar, just a little bit :)

Sugar.

Vídeo fantástico, esta melodia, esta forma de surpreender.
A cara das pessoas quando o pano cai. Maravilhoso.

Menos é Mais, e basta tão pouco não é?

Sugar.
Make it allright.

Sugar.
Yes please.

Indian Summer


Indian summer is a period of unseasonably warm, dry weather that sometimes occurs in the Northern Hemisphere. It's defined as weather conditions that are sunny and clear with above normal temperatures, it is usually described as occurring after a killing frost.

E tivemos o nosso Indian Summer nos últimos dias.
Calor e temperaturas altas que nos transportaram de novo para os dias de Verão, os saudosos dias de Verão!

Sou um bocadinho insistente com isto do calor não é? Mas na realidade não é só o calor meteorológico que me importa.
O calor das relações humanas, esse sim, é o que nos faz andar para a sempre, seguir o nosso caminho.
Desconfio daquelas pessoas que dizem não precisar de amigos, e que estão bem é sossegadas, sem essa distracção diabólica que são as saídas com os ditos amigos, as conversas olhos nos olhos, e a troca de opiniões / experiências / gargalhadas dadas em conjunto com eles.
Humm..sou suspeita, que sou um ser sociável e galhofeiro (se a palavra existir, aplica-se a mim!)
E o calor dalgumas culturas é também por demais evidente, ao contrário dalgumas outras.
As minhas férias no Brasil foram das mais quentinhas neste pressuposto. Que alegria de viver, e de dar, dar, dar. Pelo menos no Nordeste. A velha ideia de que os brasileiros são interesseiros existe, mas não é generalista. De modo algum.
E o calor de África também me afectou. A maneira simples de viver daquelas gentes é no mínimo emocionante, e tocante, aos olhos dos europeus ocidentais. Pelo menos aos olhos desta europeia ocidental.

Não é á toa que o calor dilata e o frio contrai.
O calor dilata as emoções, deixa-nos mais pressupostos para elas.
O frio contrai as emoções, os músculos, as vontades.

Indian Summer, sou fã.
O calor que vem sem aviso, quando não o esperamos. Afasta o frio que nos envolve, e acreditamos que o frio nunca existiu, que era tudo imaginação da nossa cabecinha (con)gelada.

E somos engolidos por uma onda de calor tão boa e tão necessária, que não queremos que acabe nunca.
E eu sou das que acreditam que mandamos um bocadinho na "meteorologia emocional". A sério.

Hoje está a chover, mas é um daqueles dias que o meu coração está quentinho, quentinho.



segunda-feira, 16 de março de 2015

Prometo Falhar?

"Prometo Falhar.
O Amor acontece quando desistimos de ser perfeitos."
Pedro Chagas Freitas

O Amor e tudo na Vida, diria Eu, caro Pedro.

Este é possivelmente um dos livros do Ano, do passado ano de 2014.

Gostei qb, há ali uns textos em que emperramos e é difícil continuar a leitura. Mas duma maneira geral, é um bom livro para se ler ao calhas: abrimos numa página qualquer e lemos a primeira história que nos aparece. Isso é o Bom nestes livros de histórias e pontas soltas. O Mau é a falta de encadeamento, a quebra no discurso.

Mas esta ideia de perfeição é um tema que me é caro. Não pela palavra em si, porque a perfeição vale o que vale aos olhos de quem a vê. E como a vê.
Mas duma forma transversal à própria palavra. Per-fei-ção. 3 sílabas perfeitas, perfeitamente métricas e com um som perfeitinho.

Eu acho perfeitos os sorrisos imperfeitos, por exemplo. Aqueles sorrisos onde espreitam alguns dentinhos marotos, encavalitados. Dá um certo ar je ne sais quoi e real ás pessoas. Não tenho nadinha contra os sorrisos Pepsodent ou Colgate (passo a publicidade), mas gosto mais dos outros. E eu acho que o amor por nós próprios acontece aqui com mais força. Digo eu que usei aparelho nos dentes 2 anos e ainda os tenho meio tortos. Muito mais gira/real assim.

A perfeição no trabalho também me deu que fazer. Ou que desfazer, no caso. O tempo que demorei a delegar trabalho e a confiar nos outros foi assim...Muito Tempo. Mas lá cheguei. Lá por ser feito duma forma diferente, não quer dizer que seja pior, ou com menor qualidade. Acho eu.

E a perfeição aos olhos dos outros, isso é o mais complexo. Toda a gente dalguma forma quer ser aceite, quer pertencer, quer fazer parte de alguma coisa / a alguma coisa, a alguém. E eu tenho a convicção de que há pessoas que acreditam realmente que lá chegaram. Meta atingida. Objectivo alcançado.

E depois há as pessoas chatas, como Eu.
Que acham que o caminho é mais importante que o objectivo final. Porque o caminho percorrido vai moldando e burilando devagarinho a perfeição que queremos atingir. Aquela que é invisível aos outros, mas que nós vemos tão bem. É a nossa perfeição!

Ohhh vamos ser tão criticados na nossa jornada.... vamos ser questionados tantas vezes na nossa essência.
Porque a nossa essência é a Única coisa que não muda nunca, nunca, nunca, ao longo da Vida. 

Eu acho piada quando ouço: Ai aquela pessoa mudou tantooooo! Como é que eu me enganei tanto a seu respeito?

E aqui entra uma pessoa chata, como Eu, que diz: A essência duma pessoa nunca muda. Nunca. Só que ás vezes as pessoas distraem-se e enganam-se pelo caminho. Mas aprendem.

E continuam o seu caminho, como Eu, moldando e burilando a perfeição que quero atingir. A minha Perfeição.

Prometo Falhar? Claro que sim. Mas não desistir da minha Perfeição.















Eu em Ideias e Ideais

Alguém me perguntava por estes dias como é que me descreveria a alguém que não me conhecesse.
Olhei assim de lado para essa pessoa, e pensei... esta pessoa não sabe mesmo nada de mim, ou saberia que eu descrever-me ( ou qualquer coisa, não apenas a mim... ) demoraria uma eternidade. Em palavras, em letras escritas, em ideias e ideais.

Então respondi educadamente: "ohhh sou apenas uma pessoa normal"..

Mas aceitei o desafio interior que me lançaram e a coisa ficou mais ou menos assim...

Gosto do Sol, sou Solar!!! Fico mais Feliz com o Sol, e mais bonita, e mais inspirada.
Dizem os astros que a minha cor é o laranja, se calhar é por isso que gosto do nascer e pôr do sol ( em Lisboa certamente, mas na Ericeira do meu coração também... ).
Gosto de praia, tanto tanto tanto, que o conceito de viver com o pé na areia nalguma qualquer ilha das Caraíbas seria muito bom ( não vou lá para já, posso querer não voltar ).
Gosto de açúcar!
Gosto dos meus irmãos. As nossas diferenças aproximam-nos! São os meus elos.
Gosto de ouvir música no carro, e gosto de cantar estas músicas. Mantenho as janelas fechadas nestes dias de inspiração...
Gosto de Ti e do teu sorriso aberto. Como o meu.
Gosto da minha gata. Falo de maneira parva com ela, e tenho a certeza absoluta que ela me percebe. Também falo de maneira parva com algumas pessoas e, curiosamente, também elas me percebem.
Gosta da minha melhor amiga. My special P. Luv U.
Gosto da música Thinking Out Loud do Ed Sheeran. Lamechas e romântica como eu.



Gosto do meu trabalho. Stresso, exijo de mim e dos outros, mas completa-me de alguma forma.
Gosto de viajar! Verbo IR. Gosto de conhecer países diferentes, e compará-los com o meu.
Gosto de cumprir horários. Detesto quem se atrasa.
Gosto de massa, "pasta", pizza, e tudo que é italiano.
Gosto de Sushi.
Gosto da nossa gastronomia, adoro comer!
Gosto de sorrisos. Gosto de sorrir. Gosto que me sorriam de volta.
Gosto de Brunch. Ao pé do rio. Em Boa companhia.
Sou Leão de signo. Gosto de pensar que sou na vida um bocadinho assim, luto por mim e pelos meus.
Gosto da minha Lisboa, que me viu nascer e crescer. Toda a gente diz que tem uma luz diferente. E não é que tem mesmo?
Gosto de ir ao teatro. Concertos, cinema, exposições. Cultura precisa-se!!!
Gosto de Abraços. E de abraçar. Tanto tanto tanto.
Gosto de praia. Já tinha dito?
Gosto de Gin tónico. E de Porto também.
Gosto de pensar alto.
Gosto das minhas amigas, trago-as sempre no coração.
Gosto de neve! Gosto de Andorra (a exclamação é porque descobri há pouco tempo que gostava).
Gosto de nadar. Mas não gosto muito de nadar bruços.
Gosto de Ti. Fazes-me acreditar que as coisas boas não têm hora marcada.
Gosto de mousse de chocolate. A minha, caseira!
Gosto Gosto Gosto....Sou do verbo Gostar.

Gosto de Gostar e de poder escolher do que e de quem Gosto.
E sei que não me tenho enganado nas escolhas, a Vida tem-se encarregue de as filtrar e ajudar-me no caminho.

E quando são menos boas, toca a fazer reset e restart. Again.