domingo, 31 de maio de 2015

Solidariedade

Solidariedade é...

Banco Alimentar Contra a Fome: Todas as vezes que há Campanhas do Banco Alimentar e, de todas as vezes que ajudo, fico a seguir a sair do supermercado, com aqueles 15 minutos de pensamento introspectivo acerca do que é ser solidário, do que poderia fazer mais, ou até mesmo que forma de voluntariado eu poderia praticar.
Invariavelmente, entro no carro e o pensamento desfaz-se. Não porque não seja importante, mas sim porque a nossa vida é tão acelerada, andamos tão a correr e entretidos com a nossa própria vida, que estas formas de ajudar o próximo são um abrir de olhos enorme que nos acorda quando precisamos de ficar mais alerta para estas questões.

O facto de haver algumas pessoas que ajudam outras, é uma forma de altruísmo que admiro muito.
O facto de não ganharem uma retribuição financeira com isso é de louvar. Porque afinal ganham tão mais em valor moral e enriquecimento pessoal que a retribuição financeira passa para segundo plano. Ou terceiro, ou quarto planos.
O haver pessoas que dedicam a sua vida a ajudar os outros e, que só fazem isso na vida, é algo que vejo como uma escolha. Uma opção que influenciará para sempre não só quem pratica mas, acima de tudo, quem recebe.
Lembro-me de todas as pessoas a fazerem voluntariado nos hospitais, quer seja em alas oncológicas ou, muito simplesmente, no serviço de urgências. Que disponibilizam o seu tempo, a sua energia e muitas vezes fazem das tripas coração, para se aguentarem de pé, e demonstrarem uma força que muitas vezes já não têm.
Eu invejo quem faz voluntariado. É algo tão nobre.
Confesso que não sei se conseguiria.
Não sei se teria capacidade ou força anímica para ajudar aquelas pessoas.
Acredito que muitos dos doentes que ali estão têm por vezes mais força que o próprio pessoal que faz voluntariado.
Acho que é uma lição de vida muito, muito, muito grande.

Por isso faço o meu bocadinho todos os dias.
O meu bocadinho de ajudar nestas campanhas quando estão nos supermercados.
O meu bocadinho de doar toda a roupa e sapatos que já não uso.
O meu bocadinho de ajudar animais de rua. Tenho um lá em casa.
O meu bocadinho de ajudar uma pessoa idosa a tratar dela. É família, mas podia não ser, que eu ajudaria à mesma.

O meu bocadinho de olhar para o lado e ver. Não só olhar. Ver com os olhos do coração quem é que realmente precisa de ajuda. Seja ela de que maneira for. Não tem de ser apenas em géneros alimentícios, ou valor monetário. Faço-o mais numa forma de consciencialização interna.
Comparo aquele telefone caro que comprei, e que se calhar tem o valor duma pensão mínima de sobrevivência para alguém.
Comparo aquela viagem a Paris que fiz há uns meses, que se calhar para algumas pessoas é o valor duma renda de casa.
Comparo os milhões de euros que se gastam no futebol com a quantidade de gente que poderia encher um estádio para se fazer assim um almoço oferecido a 60.000 pessoas.
Por exemplo.

Acho mesmo que tomarmos consciência é o primeiro passo.
Não vamos mudar o mundo, claro que não.
Podemos mudar é algumas mentalidades.
Se começarmos pela nossa, o primeiro passo já está dado.









sábado, 30 de maio de 2015

Best things in Life are Free



Para mim, hoje foi assim o primeiro dia de praia a sério.
Com direito a banho de mar, bola de Berlim e muito descanso.

Aquela sensação de fechar os olhos e, para além do barulho do mar, que tem uma absurda boa influência em mim, sentir também o barulho das gaivotas, das crianças a brincar e os splash das pessoas a mergulharem nas ondas.

É algo tão simples e tão terapêutico ao mesmo tempo.
Costuma dizer-se que as melhoras coisas na vida são de graça.
E hoje, mais uma vez, comprovei isso.

Um bom par de amigas, um bom lanche no saco da praia, e um bom chapéu de sol na bagageira do carro.
Se eu pensar bem, o mais caro hoje foi a bola de Berlim!
Valeram os 5 minutos de conversa com a D. Maria, vendedora há 28 anos por aquelas andanças, e um bronzeado de fazer inveja a muito bom solário.
As minhas bolas é que são boas, não têm a gordura que têm as dos outros vendedores!
Na realidade, não têm
Aqueles dois que ali andam, só venderam 2 bolas hoje, na praia toda! É bem feito, que eles deixam as bolas ao sol quando vão almoçar, e as pessoas já começam a perceber!
Ah pois é D. Maria, você sabe-a toda. As suas é que são fresquinhas. Ora bem.

Sem preço.
O contacto humano, as conversas momentâneas e casuais que se tornam tão interessantes, e o barulho do mar, sempre lá ao fundo.
O pessoal do Kite Surf a inundar o areal com os seus equipamentos coloridos, a lançarem arcos-íris no céu da margem Sul.
Margem Sol, como carinhosamente a chamo.

Há coisas que nunca mudam, e ainda bem.
Esta rotina anual e sazonal de praticar o Verão é uma delas.
O andar seis meses à procura do sol chegou ao fim finalmente. É quase como termos a certeza que vamos encontrar o tal pote cheio de ouro, no fim do arco íris.

Aquele que enche os céus da margem Sol, cheínho de cores.








quarta-feira, 27 de maio de 2015

Photograph







Gosto de fotografias.

Mais do que tudo, fotografias memorizadas.
Gosto de olhar para alguém, e fotografar mentalmente o momento.

Gosto de gravar aquele fragmento de tempo que parou.
E gosto de voltar ao meu álbum de fotografias mental as vezes que me apetecer.

Gosto de segurar o rosto em causa com as duas mãos em concha.
Gosto que segurem o meu.

E gosto de acreditar que o cuidado com que o faço, é como segurar aquela porcelana de fino trato que a nossa mãe guarda há tantos anos para uma ocasião especial.

Não o vou largar, nem deixar cair desamparado.
Vou cuidar sempre.

Porque gosto de segurar rostos em concha.
E gosto, tanto, que segurem o meu.









 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Heart Family



Tenho esta convicção profunda.
Talvez porque a sinto na pele, todos os dias.
Que podemos fazer parte da família que escolhemos, não aquela que nos gerou, mas sim aquela que nós escolhemos para dar continuidade ao nosso Eu.

Há algo mais nobre que pertencer a uma vida? Fazer parte da vida duma outra pessoa?

Há amizades vividas duma forma nobre.
Nobre no sentido de assumir essa pertença como uma coisa de importância extrema, como algo tão vital para nós, que sentimos a responsabilidade imensa de cuidar dela todos os dias.

Eu tenho Amizades assim.
E Amigos assim.

Que me motivam este querer (lhes) bem.
Que me descobrem afectos novos todos os dias.
Que me surpreendem com sentimentos maiores.
Que me fazem acreditar que as emoções fazem sentido.
Tal como faz sentido dizermos aos nossos amigos que gostamos deles.
Que são importantes na nossa vida.
Que a nossa vida sem eles não faz sentido.
Não só com os amigos de sempre.
Tenho amigos não de sempre, mas acredito que para sempre.
A vida tem-me surpreendido tanto. De tantas maneiras.
Só posso sentir-me grata.
Pelos meus amores. Que me enchem o coração. Que o fazem transbordar.
São a família do coração.
Aquela que escolhi.
A que quero na minha vida.

E da mesma forma, a melhor sensação do Mundo, é pertencermos à vida de alguém.
Belong Back.


"Há amores assim
Que nunca têm inicio
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim"
By Donna Maria

https://www.youtube.com/watch?v=Rat3sLxpfo0




segunda-feira, 25 de maio de 2015

Parabéns Avó

Há daqueles amores inexplicáveis.
Há os que sabemos como começaram, onde, em que altura da vida, e, muitas vezes, como se extinguiram.
Depois há os outros, os que já existiam quando nascemos, que nos acompanharam o crescimento, que andaram connosco lado a lado nos tempos de escola, e que caminham connosco ainda hoje, sem haver uma oscilação na sua intensidade. E, a existir, é sempre em crescendo.

Eu tenho um destes amores com a minha avó.
A minha avó quase centenária, só faltam 3 anos.
A minha avó que é uma rocha, apesar do sofrimento todo que já a atropelou, amassou, fintou, e que por ela passou.
Não ficou. Mas moeu.

A minha avó é a minha primeira referência de infância. É aquela senhora baixinha, mas que era tão alta quando eu era criança! Chegava aos armários todos, andava mais depressa que eu e a minha irmã quando nos levava pela mão, às compras, ao Mercado de Benfica. Vamos à praça! Dizia ela.
E nós íamos, atrás dela. Íamos comprar maçãs daquelas pequeninas, a que puxávamos o lustro na fruteira para ficarem brilhantes.
Depois íamos à banca do peixe buscar guelras de carapau para a gata que por aqueles anos passava lá temporadas em casa. Era a Kikas. Era do meu tio, mas a minha avó era avó dela também. A Kikas só a respeitava a ela. Já era um indicativo de que a minha avó era uma senhora muita importante. Aos meus olhos, da minha irmã, e de todos.
A minha avó regateava sempre nas compras. Não faz um descontinho? Às vezes lá tiravam 5 ou 10 escudos à conta, só porque ela já era cliente habitual. Ia à praça todos os dias.
Tinha um saco de asas azul, assim aos quadradinhos. E comprou dois em miniatura, um também azul, e o outro vermelho, um para cada uma das netas. E nós íamos com os saquinhos às compras, com ela.

A minha avó fazia o pequeno almoço ao meu avô todos os dias. Café com leite, e sopas de pão lá dentro. Depois ele ia trabalhar e eu e a minha irmã ficávamos em casa com ela. Limpávamos a casa toda, que a minha avó não queria netas preguiçosas! À tarde brincávamos na praceta em frente à casa dela, e de vez em quando íamos para casa das amiguinhas lá da rua. Mas a minha avó não gostava. Sempre enfiadas na casa das pessoas! Querem brincar? É na rua!
Ela é que sabia. Hoje o que eu não daria para a ouvir dizer isto outra vez. Ela sabia bem que brincar era na rua. A esfolar os joelhos, a sujar a roupa toda, e muitas vezes a gastar meias solas de sapatos numa semana só. Ela sabia bem.

Nas férias, a minha avó fazia café com leite frio para levarmos para a praia. Dentro dum termo alaranjado.
E fazia arroz de bacalhau, num tacho que embrulhava em folhas de jornal, dentro do cesto de levar para a praia. E que bem que sabia à hora do almoço. É um sabor que terei sempre na memória. Dos olfactos, e na memória dos sabores.

A minha avó era muito poupadinha. Nunca nos comprava coisas caras, e dizia muitas vezes No poupar é que está o Ganho! E ela tinha razão. Afinal ela tinha estado emigrada 14 anos num país da América do Sul e foi assim que ela e o meu avô conseguiram uma boa vida em Portugal. Compraram a casinha onde ela ainda hoje vive.

A minha avó é possivelmente a pessoa mais forte que conheço.
Depois de enterrar o marido, um filho, e uma neta, continua de pé, sempre com um sorriso nos lábios, sempre com uma palavra bonita.
Não há pessoas assim, pois não?
Pessoas com quase 100 anos de vida, que não se queixam. Não dão um ai, como se diz na gíria.
Nunca se queixa. Está sempre tudo bem.
Não quero dar trabalho, diz ela.

Mas como é que podes dar trabalho avó?
Fizeste de mim muito do que sou hoje.
Ensinaste-me o que é "vestir-me de paciência" como sempre te ouvi dizer.
Foste a minha primeira lição de Amor. Incondicional.
Exemplo de Mulher, Mãe, Avó.

É por isto. E por muito mais.
Por tanto que não consigo pôr em palavras. E por tanto, que tenho sempre uma lágrima teimosa ao canto do olho quando ela faz anos. Como ontem.
Mais um passo próximo dos 100.
Mais um com coragem, todos os dias com coragem.
Como aquela que eu vou tentar ter, um dia, quando ela me faltar.

Parabéns Avó.





sábado, 23 de maio de 2015

Star Powder



Todos nós somos feitos de pó das estrelas.

Poderia ser uma tentativa poética de escrita, mas não é.
É um facto científico.

A poeira estelar faz parte do nosso ADN, da mesma forma que os nossos genes nos definem, dalguma forma.
Somos todos uma mistura de estrela, cometa, meteoro, meteorito.
Temos todos a mesma massa.
Temos todos um bocadinho de Louis Armstrong e uma herança lunar.

Star dust, star powder, star trek.
Star quality.
Há que aproveitar esta quase magia que o Universo nos transmitiu através do seu pó.
Das estrelas, aquelas em que vivo tantas vezes, paralelas à minha amiga Lua, e ao seu mundo tão próprio que teimo em visitar várias vezes por dia.

Porque todos nós temos uma estrelinha a brilhar lá em cima.
E eu acredito nisto. Teimosamente.


Twinkle, twinkle, little star,
How I wonder what you are.
Up above the world so high,
Like a diamond in the sky.
Twinkle, twinkle, little star,
How I wonder what you are!










quinta-feira, 21 de maio de 2015

Só por Hoje

 
Só por Hoje.
Só por Hoje eu não me preocupo.
Só por Hoje eu não vou dar importância.
Só por Hoje eu não vou estar (tão) atenta.
Só por Hoje eu vou descansar.
Só por Hoje eu vou baixar (um pouco) a guarda.
Só por Hoje eu vou andar mais devagar.
 
 Mas só por Hoje.
Que amanhã volto ao meu Eu mais activo, selectivo e intuitivo.

É o chamado passo atrás para dar balanço e depois dar mais dois passos à frente.
É quando questiono, avalio e tomo decisões.

Sereno, acalmo, e deixo a energia fluir.
Gosto tanto destes dias. Deste dia.
Só por Hoje.
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Eu podia ser isto

Uma descrição de Mim podia ser assim.

Ver o nascer e o pôr do sol no mesmo dia.
Oferecer Flores.
Rir de mim própria.
Receber Flores.
Permitir que o meu corpo acompanhe a minha mente.
Perder o pudor dentro e fora do duche.
Visitar os sete continentes.
Aprender outro idioma e ensinar o meu no estrangeiro.
Perdoar como os bravos sempre perdoam.
Experimentar sem receios.
Aprender a tocar guitarra.
Não querer reformar-me.
Correr contra o tempo.
Confessar algo surpreendente. Ser honesta!
Dormir bastante e continuar a ter sonhos.
Entrar numa festa sem convite e aproveitar ao máximo.
Gritar num bar "a próxima rodada é por minha conta" e cumprir a promessa.
Fazer amor onde normalmente nunca o faria.
Correr à chuva com roupa.
Correr à chuva sem roupa.
Viver sem Internet por 24 horas, por opção.
Ultrapassar os meus medos. Aprender a dar saltos para a água.
Dormir sob as estrelas.
Não comprar bilhetes de regresso. Só Ir.
Ter mais projectos que recordações.
Saber quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.
Amar Muito e Bem.

Eu podia ser esta descrição.








terça-feira, 19 de maio de 2015

The Best that Is in You

 
 
 
 
 
 

Minha P.




Para ti, que estás sempre ao meu lado.
Para ti, que me ensinaste muitas coisas.
Para ti, que me ensinaste que o estar no meu lugar é que é o correcto.
Para ti, que me mostraste como se aceita a vida e o que ela nos traz.

E que nada é nosso. Tudo é só e apenas uma passagem.

Mesmo que eu ache que és um bocadinho minha.
Porque eu já sou um bocadinho tua.


Para Ti, minha P.

Ser e Parecer

Hoje, no início duma conversa, perguntaram-me se eu era estrangeira.

Ri-me, e perguntei o porquê da observação.

A menina é alta e loura, podia ser inglesa, foi a resposta.

E contra argumentei, mas ainda não me tinha ouvido falar e já pressupunha coisas?...

E o meu interlocutor retorquiu: Pois é, com essa é que me calou!

Isto do Ser e Parecer tem muito que se lhe diga.
Tanto ao nível da aparência, bem como da outra, a interior, que só vêem os olhos do coração, da alma. Mais dentro.
Desde que me lembro de ser gente, que me lembro também do diz que disse, do ouvi dizer, aquela senhora diz que, consta que, existe o boato de....
E sempre foi dito de maneira tão natural, que quase parecia igual a uma ida ao café, ou a atender um telefonema, ou a uma qualquer rotina que tivéssemos numa determinada altura.
Ou seja, não se questionava. Ou eu não questionava, que não tinha ainda idade.

E faz parte da nossa cultura, até certo ponto.
O coscuvilhar, a bilharquice, a calhandrice, e outros similares, são isso mesmo. Uma forma das pessoas comentarem a vida dos outros, de forma a não comentarem a sua própria que, pelos vistos, deverá ser bem menos interessante que a alheia.

Por isso quando me rotulam e apelidam nomes sem me conhecerem, até me dá um certo gozo ir até ao fundo da questão, nem que seja por curiosidade mórbida feminina.
Hoje fiquei a saber que era a menina inglesa vista por aquele senhor. Ainda bem que falámos ou nunca se desmistificaria a ideia que o tal senhor tinha de mim. E deu para rir, pois claro.

Também acho muita piada de ir a passear na Ericeira do meu coração, e os próprios turistas me perguntarem coisas em inglês. Confiantes de que sou uma conterrânea dum qualquer país da Europa do Norte, onde as senhoras altas, branquinhas e sardentas são uma vulgaridade.
"No, I'm not swedish, but tell me if I can help you out with the map".

E acho um piadão.
Nós os Portugueses, somos de facto um dos povos mais desenrascados ao nível do falar línguas estrangeiras, ao nível do vingarmos profissionalmente num país que não é o nosso e, somos efectivamente um dos países que mais descobertas de outros (países) tomou a si, ao longo dos séculos. Acho que não é de estranhar portanto esta nossa parecença com tudo e todos, somos afinal um povo do Mundo.

E cá para mim, mais vale sê-lo que parecê-lo.
Povo do Mundo.

"Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram"
In Lusíadas, Luís de Camões

































Pessoas




Gosto de pensar que me rodeio de pessoas extraordinárias.
E afirmo com muita certeza que as pessoas que têm um humor acima da média são as mais inteligentes.

O que é extraordinário, a meu ver, é a capacidade de dar a volta ao texto, seja em palavras, construcção gramatical, semântica, ou o que seja.

Mas desde que se chegue onde se quer, desde que se faça passar a mensagem, já é uma prova ganha.
Já é uma meta atingida, e um motivo de orgulho e dever cumprido.

Também me rodeio de pessoas com um Amor acima da média, não só Humor.
E também estas são as mais inteligentes.

Pelo próximo, por si mesmas, pela vida, e por tudo aquilo que ela nos pode dar.
Sejamos nós fortes o suficiente, pesistentes qb e muito, muito optimistas, e veremos coisas positivas a acontecer. A acontecer-nos.

A fé e a crença nas coisas boas, e que estas hão-de vir, faz girar o Mundo.

Tal como as pessoas que professam Amor, Humor e Inteligência.
Fazem girar o meu Mundo.



 

domingo, 17 de maio de 2015

Terra do Nunca

Sabem aquela sensação de terem passado um dia ao sol, e as baterias estarem automaticamente carregadas?

Hoje sinto-me assim. Bastou um dia de sol, mar e praia e sinto-me capaz de mais umas quantas voltas no carrossel da vida. Do quotidiano de todos os dias.
Que é bom. Eu gosto de rotinas. Das minhas rotinas na cidade.
Sou uma miúda da cidade, diria.
Mas gosto também muita de as interromper, nem que seja por um dia ou dois.
Gosto de as interromper para ter outras rotinas mais pequeninas, e que me dão tanto prazer.

Gosto da rotina da terra da minha avó, pequenina aldeia piscatória, um micro mundo. Desde criança que é o meu micro mundo muito especial.
O ir ao café de chinelos, o atravessar a rua de robe para ir buscar o pão fresquinho ali à mercearia. Mercearia / Café / Salão de Jogos / Local de convívio matinal para as mulheres da aldeia.
Gosto de abrir a janela, ou andar no quintal e cumprimentar todas as pessoas que passam na rua.
Bom dia menina! A avó está boa? E a mana? Saúdinha é o que é preciso!

Gosto deste contacto com as pessoas. Gosto que as pessoas perguntem por mim e pelos meus. Gosto de responder com um sorriso e descansar aquela boa gente na sua curiosidade.
Afinal só nos vêem quase uma vez por ano, e é apenas justo que perguntem tudo o que queiram saber.
Gosto desta coscuvilhice natural e espontânea.
Gosto de lavar o carro na rua, com a ficha do aspirador a passar pela janela, acrobaticamente colocada.
Gosto de lavar os pés com a mangueira do quintal, e andar no quintal de pés descalços.

É a Terra do Nunca, como carinhosamente lhe chamo.
Nunca há rede móvel, nunca há demasiado sol, nunca está demasiado calor. Típico das aldeias junto ao mar.
Tão bom.

Foram tantas as vagas da minha vida ali passadas, ali confidenciadas, naquela praia, naquele pinhal, na alma daquela terra e daquelas gentes.
A primeira grande vaga da minha vida, como lhe chamo. Onde aprendi tanto. Com os primos, as primas, com os namoricos, e onde caí tantas vezes de bicicleta.
Sempre com aquele mar como testemunha.
Sempre com um sentido enorme de respeito pelo tempo que me foi emprestado por aquela terra.
Ainda hoje os olho de maneira diferente, quando por eles passo na rua.

Sinto que a minha Terra do Nunca foi um rito de passagem.
O meu. Onde me tornei crescida.
E como me tornei no que sou hoje.

Crescida e com as baterias carregadas.













sexta-feira, 15 de maio de 2015

Intimidade


Alguém me dizia há uns dias que Intimidade era uma coisa.

E eu respondi que não, que não achava nada, que intimidade era outra coisa.

Ficámos ali uns minutos a trocar opiniões e pontos de vista.

Não mudei de opinião desde então, ou não comecei a ver as coisas de maneira diferente, mas dou o braço a torcer em relação ao facto da Intimidade estar um pouco banalizada nos dias que correm...
Ou talvez de se lhe dar um sentido que, a meu ver, não é o correcto, não é o que a define.

Mas, como sempre, será sempre as I see it, e não uma verdade absoluta.

Senão vejamos...

O ser-se íntimo de alguém não é necessariamente algo que temos por defeito, por exemplo, com a nossa família. Eu adoro os meus irmãos, mas há intimidades a que não me dou com eles. Não lhes falo dum certo modo, não lhes confidencio certas coisas minhas.
Ao passo que, tenho um ou dois amigos a quem confidencio e confio determinados assuntos que não conseguiria fazer com mais ninguém. E, muito menos com alguns membros da família.

Acho que a intimidade cresce e se cria a seu tempo.
Com outra pessoa, seja amiga, ou um namorado.
Acho também que há diferentes tipos de Intimidade, porque há diferentes tipos de pessoa.
E, claro, criamos diferentes tipos de laços, uns mais apertados, outros mais soltos.

Algo por que me bato há muito tempo é o conceito do sexo ser ou não intimidade.
Porque pode não ser. Pode ser apenas um acto físico em si, quando já não existe intimidade. Houve, mas já não há... Mas continua-se a achar que sim, que ainda existe. E confundem-se os conceitos.
Já o acordar de manhã ao lado de alguém despenteado, com os olhos inchados, e cheios de ramelas, e aceitar isso tão naturalmente como ter sede ou ter fome, é que é intimidade.
E depois abraçar-se essa pessoa e aceitá-la, fazer parte dessa mesma intimidade criada ali, naquele momento, isso sim, é que me parece uma intimidade real.

Faz-me lembrar um bocadinho o conceito de "À vontade não é à vontadinha", esta banalização do que é a intimidade. De cada um.

Faço-me entender?
Tenho dias que sim, outros que não, como todos nós, mas para mim, acho que isto da intimidade é mesmo assim.
Ganha-se com o tempo.
Criam-se laços para.
Ligam-se as pessoas, e as vidas desta forma.


Se conseguirmos chegar a um estado em que Intimidade e Cumplicidade andam de mãos dadas, então aí temos o melhor dos dois mundos.

E eu acho que está certo assim.














quinta-feira, 14 de maio de 2015

Let Go with Courage




Acho que é preciso uma certa dose de inteligência também.
Aliada à coragem de nos desprendermos do que nos retém, do que nos atrasa no nosso caminho.

Tudo o que não podemos mudar.
Tudo o que nos detém a meio da nossa jornada.
Tudo que nos limita, ou nos faz duvidar das nossas capacidades.

É com muita coragem e alguma inteligência que devemos fazê-lo.
Porque no dia seguinte acordamos muito mais unos connosco mesmos.

Unos connosco significa unos com os outros, e mais libertos, mais abertos.

E, até certo ponto, mais espertos.
Com um grau de percepção maior.
De quem Somos, e do que Queremos.










Desapego




DESAPEGO

Soltar. Entregar. Deixar Ir.
Deixar Partir. Fluir.
Viver no Presente.
Sem o peso do Passado.
Sem expectativas para o Futuro.
Saber que temos Limites.
Saber que estamos de Passagem.
Sem posses. Sem Medo.
Sem Culpas.





 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Preparo um café?




"Assim, simples: agarra-me e não me largues mais. Abraça-me e não me deixes ir. Encosta-me a ti e não te ausentes. Dá-me o teu colo e não me deixes sair. Empresta-me o teu ombro e não mo peças de volta.
 
Assim, simples: agarra-me e não me largues mais."
Mais simples? Não consigo.
Mais Feliz? Sim! Sim! Sim!
Quero!
Tanto.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Um a de amar

 
 
A de mAr.
De Ar.
De respiração sem fôlego.
De Abraçar.
Agarrar com Tudo. Tudo.
No seu Todo.
Aceitar.
Aceitar que não posso mudar algumas coisas.
Mas posso fazer algumas coisas mudarem.
Ter esta certeza.
Ter certezas.
Quem sou, o que Quero.
Quem Quero.
Tanto, tanto, que este Ar às vezes é pouco.
Às vezes falta-me.
Mas sobra-me em Amor.
Este, que é Maior.
A mar. Com um a no início.
Amar.
 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Coming Clean





Uma expressão que me diz tanto.
Que já conheço há tanto tempo, e que faz muito sentido para mim por estes dias.

O ser-se honesto. Connosco e com os outros.
Mesmo que seja um bocadinho difícil começar esta limpeza interior, é algo tão necessário como o ar que respiro.
É abrir o coração, e deixar sair o que lá está. Que é bom.

Sem medo das consequências, porque afinal, eu sou coração, acima de tudo.
Na sua plenitude.

E fico com a certeza que este Eu que vou libertando me faz crescer um bocadinho mais, todos os dias.
Como pessoa, como ser humano.

Como Mulher.
Com Amor. Incondicional.




domingo, 10 de maio de 2015

Curvas e Sorrisos




Posso dizer que tenho bastantes.
Sorrisos.

Fossem eles curvas, e eu faria parar o trânsito, com certeza.
Ou teria de me organizar dalguma forma para poder andar na rua, que não teria um corpo normal.

Olhando em flashback para todas as pessoas importantes que entraram na minha vida e, que cá se mantêm,é um factor constante este, o dos sorrisos.
É sempre o primeiro registo que se assimila de alguém.
É sempre a primeira imagem que se tem desse alguém.
E quando são iguais ou parecidos com os nossos, ficamos tão contentes. Eu fico. Revejo-me logo naquela pessoa.
Sorrisos abertos e francos. Adoro.

Acho que se percebe quando são sinceros. Acho mesmo.
Acho que se percebe quando são parvos, também. Eu tenho muitos, destes, sorrisos parvos. Mas felizes.

Também já me trouxeram alguns mal entendidos com algumas pessoas que não me conhecem bem. Acho que passei mensagens erradas nalguns sorrisos, e originei alguns momentos constrangedores, até cómicos.
Mas é um risco que corro, não vou começar a sorrir doutra forma. Não sei!
Porque as minhas pessoas queridas conhecem-no tão bem, que não preciso de o justificar de nenhuma maneira.
Ainda hoje, inesperadamente, encontrei a minha amiga C. e não precisámos de dizer nada. Ficámos ali as duas a sorrir, abraçadas uma à outra.
Há sorrisos que dizem tudo. Metade da conversa é sorrir. Apenas.

Tenho mais rugas por causa dos sorrisos? Tenho pois.

Gosto ainda mais delas? Confere. Contam histórias.
As minhas.






















Inspirações....



Perder o juízo é tão bom de vez em quando.
Não prejudicando ninguém, nunca.

Com a noção que a vida também faz sentido assim.










sexta-feira, 8 de maio de 2015

O Amor da Minha Vida

Acho uma certa piada à expressão O Amor da Minha Vida.

Sempre achei piada porque, para variar, sempre a vi de maneira diferente das outras pessoas.
Lá vem a rebelde com as suas teorias, diziam-me quando eu tinha 20 anos.
Depois, com a idade a aumentar, lá me foram dando algum crédito e, agora, já não tenho reacções de interrogação sempre que o tema vem à baila com os mais próximos.

A expressão em si professa a teoria do Amor fantástico que há-de vir, do sentimento mais nobre que se pode ter por alguém que nunca nos irá magoar, aquele ser perfeito que, se não me falha a memória irá chegar montado a cavalo. Branco. De preferência (para não destoar da imagem criada na cabeça de toda a gente, aos 6 anos).
Ou seja, o príncipe perfeito! (desengane-se quem acha que foi o Rei D.João II).

Not.
O príncipe perfeito existe ainda na cabeça de muito boa rapariga.
Ou rapaz. Que isto das princesas perfeitas também pode vir aqui ter à discussão.

Ora...com o passar dos anos, e das vivências pessoais que fui tendo, pessoalmente e na 2ª ou 3ª pessoas, dependendo do grau de intimidade com algumas pessoas, fui-me convencendo que as coisas não eram bem assim. Nem as pessoas.
Duma forma ou doutra, foi uma descoberta mais ou menos dolorosa, mais ou menos entendida, mais ou menos decidida mas, certamente, muito Mais que Menos aceite.

Fez-me a pessoa que sou hoje e agradeço de coração a toda a gente que se cruzou comigo. Aos namorados e não só. A todas aquelas pessoas que, estando presentes na minha vida mas não estando afinal, me ajudaram a perceber o que era o Amor da Minha Vida.
Mesmo aquela gente que  não merece qualquer agradecimento, há que agradecer-lhes. Foram úteis.
Se não se cruzaram comigo, então fui eu que me cruzei com eles e, de certeza, que se lembram dalgumas lições de vida que lhes possa ter dado. Ou pelo menos, gosto de pensar que sim.
Chamo-lhes carinhosamente sapos. Aqueles que por mais beijos que lhes déssemos, não se transformavam em Príncipes por nada.

Isto para dizer uma coisa muito simples.
Para mim, existem Amores na Minha Vida.
Agora O Amor da Minha Vida, será aquele com quem eu construir o meu futuro como eu o vejo.
Sem a busca da perfeição, real ou imaginada.
Sem querer mudar à minha imagem, ou a outra imagem qualquer.
Um futuro assente na aceitação de que as pessoas vêm com o seu pacote já feito.
As pessoas têm um passado. Temos de o aceitar. Arrumá-lo arrumadinho.
E nunca, mas nunca, deverão ser mudadas à imagem de nada. De ninguém.
São assim.  E assim é que devemos gostar delas incondicionalmente.

Por isso, é que sempre que ouvia esta expressão, achava uma certa piada.
E brincava um bocadinho com as opiniões das amigas, e das colegas de escola.
Mandava-as sempre espreitar por cima do ombro umas das outras, para ver se aquele cavalo que ali vinha atrás era o tal, o branco. Com um príncipe lá montado.
Invariavelmente era sempre o contínuo da escola, o Sr Zé, que nos vinha chamar para as aulas, que já tinham começado há 5 minutos.
E lá íamos nós, a rir, penduradas umas nas outras, a correr para a sala de aula.

Estas lembranças ainda me fazem sorrir tanto.

Até porque os cavalos deixaram de ser brancos e passaram a ter outras cores.
Tal como os príncipes. Deixaram de o ser.
Agora são plebeus. Perfeitos assim.
E podem vir a pé já agora?
É que andar de cavalo nas nossas estradas, no século XXI é capaz de ser perigoso.














Try. Dive.




Isto de mergulhar de cabeça não é muito fácil à primeira.

Mas acredito que com treino, se chega lá.

Basta Querer.

Muito.





quinta-feira, 7 de maio de 2015

O Princípezinho

Tenho-me lembrado bastante do Princípezinho, de Antoine de Saint-Exupéry.

Um livro que li quando era miúda, e não o entendi muito bem.
Passado uns anos reli, e fez-se luz. Percebi que tinha mesmo de ter crescido para entender.

Toda a história gira em torno de metáforas, fábulas e ensinamentos para a vida e, duma forma clara e tão simples que parece impossível que não o tenhamos percebido até lermos o livro.

O Universo aos olhos duma criança.
Aquela sensibilidade, fragilidade, aquela inocência no discurso, que nos faz acreditar que o Princípezinho existe mesmo, que é real, e que está ao alcance dos nossos braços, para lhe darmos colo e o embalarmos à luz das estrelas, do planeta onde ele vive.

Há uma série de frases chave no livro, mas acredito que esta é das mais significativas:

Tornamo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos.

Devia ser um lema de Vida.

Devíamos assumir este compromisso com quem cativamos, e duma forma que não deixasse margem para dúvidas.
De forma a que, sempre que o alvo do nosso afecto sentisse alguma insegurança, algum medo de dar um passo, nós lá estivéssemos para lhe segurar na mão e o encorajar.
Anda, tu consegues. Eu assumo a responsabilidade de poderes confiar em mim.
Da mesma forma, nos sucessos e metas atingidas. Boa, viste como conseguiste? Eu disse-te. Podes confiar no que te digo.

É que é tão simples e ao mesmo tempo tão importante.
Tão importante que à primeira leitura parece uma frase bonita e banal mas, que à segunda, terceira e consequentes leituras, se nos afigura uma lição de vida enorme.
Do tamanho do Mundo.

Eu só posso concordar.
Se eu te abri a porta da minha vida, do meu coração, do meu Mundo, és muito importante para mim.
Se confias agora em mim, se me dás o privilégio da tua companhia, das tuas confidências, das tuas venturas e desventuras, só posso retribuir-te da mesma forma.

Eu acho muito importante esta honestidade.
Este exercício de dar. De nos darmos. Reciprocamente.
Chamo-lhe exercício porque não vem à primeira. Às vezes nem à segunda ou terceira tentativas.

Mas quando acontece verdadeiramente é indescritível em palavras.
O cativar-se alguém pela forma como somos, e ter esse alguém cativo de nós, cativo de algo nosso.
Enche-nos de orgulho desmedido, e só queremos retribuir da mesma forma.

Tenho para mim que, se não é assim, devia ser.


 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Changes On the Way

Gosto da sensação de mudança.

Daquela fase em que ainda não estamos com os dois pés lá dentro, mas em que um já lá está, e o outro vai a meio caminho.

Gosto de fazer planos, e gosto de achar que os consigo mesmo fazer. E de os pôr em práctica.

Estas fases, ou momentos de inspiração máxima, como lhes chamo, podem durar dias, semanas, ou só mesmo uma hora.
Mas vivo a sensação de tal forma, que até colocar as coisas em marcha ando absorvida e completamente centrada no que me move por esses dias.

Por estes dias.
Em que ando mais leve, de espírito, de alma. Gosto que os projectos me encham a mente de ideias.
Gosto de os discutir ao almoço, ao telefone, sozinha em pensamento.

Acho que me posso auto denominar de pessoa inventiva. Ou imaginativa. Ou empreendedora.
Ou então apenas convicta de que uma mudança acontece porque precisávamos dela. E ponho-a em marcha. Hoje.

Seja ela uma mudança de mentalidade. Embora lá alargar os nossos horizontes e dar uma hipótese àquela teoria.
Seja ela uma mudança de atitude. Se calhar por este ângulo parece tudo um bocadinho mais possível.
Seja ela física, apenas. Embora lá perder aqueles quilos que queremos perder há meses, e para os quais arranjamos sempre desculpa. Sempre.

E nestes entretantos, há um dia em que paramos, olhamos para o espelho e o reflexo vem devolvido com uma imagem que era a nossa, mas antes de começarmos a mudar a nossa maneira de estar. Esta pode mudar vezes sem conta, mas nós nunca mudamos, somos fiéis à nossa essência maior, ao nosso Eu. Não me canso nunca de acreditar nisto.

Ainda temos parecenças com o que éramos, pensávamos, supúnhamos, e achávamos que queríamos.

E hoje acordamos e estamos virados do avesso. Completamente.
Distantes do que julgávamos ser e querer e, mesmo assim, melhor.

Melhor do que éramos, num sítio melhor do que aquele que deixámos.

Changes On the Way.
To carry us to Much Happier Places.














terça-feira, 5 de maio de 2015

I Can and I Will, O Mantra



É por esta certeza profunda que me pauto nos últimos dias, semanas, meses.
Quase como uma religião que fui abraçando.
Como um lema de vida que persigo todos os dias.

Eu acho que é o positivismo que nos ajuda a mover montanhas e às vezes a recolocá-las no seu lugar.
Podemos nem sempre atingir a meta que nos propusemos, mas pelo menos tentámos.
Às vezes o querer fazer é tão importante, ou mais, que o fazer em si.

Porque investimos tudo de nós.
Porque fomos ao fundo do nosso Eu para o fazer.
Porque alcançámos algo que nunca esperámos alcançar. Isto tem de nos fazer sentir orgulhosos quando nem sempre lá chegamos. Tentámos. Não é?

Eu sou muito fã desta máxima.
Sou fã das pessoas que a praticam.
E sou muito crente nela. Podia ser um mantra.
Podia ser O mantra.

Acho que é por isso que continuo, que insisto.
Que teimo em não desistir.

Porque se em cada cinco objectivos que me propuser, conseguir atingir um ou dois, os outros três ou quatro que ficaram para trás, serão deixados para trás serenamente.
Não os cumpri não porque não tentei.

Não os cumpri porque tentei o que pude.
E esta vitória ninguém me poderá tirar.

















segunda-feira, 4 de maio de 2015

Motion Sense, Tempo

Há dias em que tenho uma sensação vertiginosa de motion sense.

De andar num tipo de motion aceleradíssimo, o dia todo a correr, sem conseguir fazer nada do que me propus, mas em que consigo apenas fazer o prioritário. Não o urgente, mas sim o prioritário.
Non-sense.

Aquela sensação de nos estarmos a ver fora do nosso próprio corpo, em que corremos quase desalmadamente para aquela reunião que alguém marcou para uma 2ª feira. Para uma 2ª feira?? Mas quem é que marca reuniões para uma 2ª feira?
Depois temos aquele quadro Excel com os reports do mês passado minimizado no ecrã, que temos de acabar a semana passada. Sim, não é um erro gramatical. É mesmo a sério. Hoje tenho de ter isto pronto desde a semana passada.
E deixamo-lo ali minimizado no ecrã com dois propósitos: um, não deixar completamente de o ver.  Senão esquecemo-nos da sua existência. Outro, quase acreditar que o fizemos mesmo a semana passada.

Depois telefona aquela pessoa com quem não queria mesmo falar a uma 2ª feira. É que o meu limite de energia não está ainda recarregado a meio da tarde. Sabem os tracinhos da bateria no telemóvel e no pc? O meu está em baixo, muito em baixo ainda para esta pessoa. Manda dizer que não estou por favor. Ai é por causa do projecto de amanhã? Tenho mesmo de atender? Passa lá....

Nestes dias de correria valem-me as mensagens trocadas com os amigos durante a loucura da vida profissional. Os "Bom dia!!!" das amigas, os "O fim de semana foi Bom?" Os "Gostas desta música para tocares na tua guitarra?" no Whats App e no e-mail, e os bonecos cómicos que se enviam nesta troca de palavras que é mínima, e tudo isto tem um efeito terapêutico em mim. São estas pessoas que me povoam a mente diariamente e para quem tenho sempre 2 ou 3 minutos disponíveis, que me fazem acreditar que a correria que faço como rotina não é assim tão acelerada afinal.

Porque afinal tenho/temos sempre tempo para quem gostamos. Sempre.

Não acredito em amizades que se terminam por falta de tempo. Desculpas.
Não acredito em amores que se terminam por falta de tempo. Desculpas.
Sou um bocadinho céptica, pronto. Não acredito.

Por isso, se tiver que deixar um e-mail para amanhã, deixo. Se tiver de chegar mais cedo 10 minutos amanhã por causa disso, chego.

Que não se perca tempo, mas que não se tenha pressa.

Porque o que não me permito perder é um bom contacto humano com uma pessoa importante na minha vida.
Absolutely Not.

A noção de tempo é cada vez mais importante para mim.
Não desperdiçar, não desgastar, não cronometrar.

Notion. Há que ter.
Motion. Há que ter.
Time. Yes. Há que ter.









domingo, 3 de maio de 2015

Be You





Mesmo sabendo que há quem não goste.
Que há quem vá criticar.
Que há quem vá abanar a cabeça em desacordo.

Mesmo sabendo que há quem me vá mandar parar.
Eu continuo.
Porque sou fiel a Mim, primeiro.
Depois, aos Meus.
E finalmente, ao Mundo. Cidadã assumida do Mundo.

Deste Mundo que tem tanto para nos fazer feliz. E só precisamos de estar atentos. Pestana bem aberta.
Coração bem aberto.
Vamos lá, ser nós próprios e ter orgulho nisso.











Happy Mother's Day




Aquela menina não sou eu, mas poderia ter sido.
Usei o cabelo assim anos a fio.
Uma franjinha cuidadosamente cortada por cima dos olhos, e o tique de colocar o cabelo atrás das orelhas sempre que caía para a frente.
Um corte de cabelo feito em casa, pela minha Mãe.
Memórias dos Domingos à tarde, como hoje, em que a casa de banho lá de casa se transformava em salão de beleza improvisado.
Eu e a minha irmã saíamos do banho, e sentávamo-nos num banco da cozinha (transportado para ali para o efeito beauty salon) em frente ao espelho da casa de banho, como se de reais madames nos tratássemos.
A minha Mãe arranjava-nos o cabelo, de secador em punho, enquanto vaidosamente virávamos a cabeça dum lado para o outro numa tentativa de ver em tempo real como estava a ficar.
Horas de paciência de santa, como agora as vejo. Até porque um "tratamento de beleza" que levava 30 minutos passava a levar 1 ou 2 horas.

Passados estes anos todos, são estas e outras memórias que acarinho cá dentro.
No meu lado esquerdo do peito.

Poderia ficar aqui o resto do dia, da semana, do mês, a enumerar situações e histórias mas como não há palavras, expressões ou páginas que cheguem, deixo aqui esta que, misturada com as outras, me lembra diariamente a coragem e o amor incondicional que estas senhoras, a quem chamamos Mães, tiveram, têm e terão connosco, todos os dias do resto da vida. Nossa e delas.
Porque um dia, mesmo não estando presentes fisicamente, certamente lá estarão presentes doutra forma, para nos continuarem a inspirar.



Happy Mother's Day.
Luv You Mum.






sábado, 2 de maio de 2015

Perfection

 
 
 
O viver com esta certeza é meio caminho andado para tomarmos consciência que realmente a perfeição existe como a vemos.
Como seres perfeitamente imperfeitos.
A perfeição duns poderá ser imperfeita para outros, mas isso não conta quando aquela perfeição é tudo o que queremos. Quando é tudo o que precisamos, e nos basta.
Tal como os meus amigos. Os meus amigos são perfeitos como os vejo.
Não os quereria doutra forma na minha vida. Afinal, sou como eles.
Perfeitamente imperfeita.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

O Amor é mais Bonito que a Vida

O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita. Não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que se quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar. O amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.
By Miguel Esteves Cardoso

Possivelmente um dos escritores / jornalistas / intervencionistas que mais leio e cada vez gosto mais de ler.
Relembra-me a cada frase a genuinidade dos sentimentos e da sua raíz, do primeiro sentido que as palavras têm, antes de serem esmiuçadas e deturpadas da sua origem.
Gosto de pensar assim, na crueza dos sentimentos, na sua pureza, na sua génese afinal.

O sentido de acomodação que temos em relação a tantas coisas, em relação a tanta gente, é na realidade o que nos dá mais jeito. O não dar passos em falso, o não arriscar, o não entrar de cabeça em é o mesmo que anularmos os nossos instintos básicos.
Claro que existe um limite para o humanamente possível.
Claro que não somos inconscientes.

Mas às vezes faz falta um bocadinho de inconsciência calculada. O saltar sem saber se a rede está colocada. O acreditar contra todas as probabilidades.
O navegar mesmo quando sabemos que vai haver mar revolto.
O navegarmos só porque sabemos que vai haver mar revolto. Porque gostamos de desafios.

De nos desafiarmos diariamente. Não só porque não o fazemos há tanto tempo. Não só porque as pessoas vão falar.

Não gosto de convenções, mas confesso que sou uma pessoa convencional. No emprego, com algumas pessoas com quem me relaciono, com a sociedade.

O que a sociedade não tem de saber é que existe a outra parte.
A que me faz respirar todos os dias.
A que me dá alento, me inspira, motiva e desafia todos os dias.
É a minha parte emocional. A que não refreio. A que deixo fluir livremente.
A que me faz ser feliz, muito sucintamente.
É o meu alter ego que se alimenta da ilusão, sonho, expectativa, e de como vejo um mundo perfeito.

Um mundo perfeito é um mundo com Amor. Do Bom. Do que nos eleva, do que nos aperfeiçoa.
Do que nos aproxima de nós mesmos.
Daquele amor parvo, sem sentido, que nos coloca um sorriso na cara.
Um mundo com Amor perfeito.
Porque, para mim, o Amor passa a ser perfeito quando ando diariamente de mão dada com ele, mas não o aprisiono, não o dou como adquirido.
Apenas sei que está lá, sinto-o, não o questiono. Aceito-o. Sou feita Dele.

Porque o Amor é mais bonito que a vida.