domingo, 31 de janeiro de 2016

A soma dos Afectos

Este fim de semana foi tão bom.
Foi tão rico, tão cheio e preenchido.
Pelos afectos. Pelos meus amores de longe, mas pertinho do lado esquerdo do meu peito.
A probabilidade de dois dias fazerem a diferença no meu coração é tão grande que acho que vou começar a contar os dias para estes fins de semana que faço menos do que queria, e que tenho de começar a fazer mais, a insistir mais neles.

Foram dois dias de sol brilhante, e de um quentinho especial no peito.
E o Sol nem brilhou muito, o astro rei. O brilho a que me refiro é o do coração, o que conta.
Que saudades da minha querida E e do seu sorriso genuíno. Como Ela. Que falta aquela genuinidade descomplicada me tem feito. Parte de mim. "Nha qrida".
Que saudades da minha querida G e da sua voz única. Como Ela. Que falta sinto dela quando preciso de um Norte. "Nha moça".

A sensação de pertença com que chego de lá, delas, é algo que não consigo explicar, pelo menos de forma a que eu perceba o porquê de me sentir assim, tão una e tão rica por dentro.
Por as ter na minha vida, por a partilhar com elas, por as ter por perto. Mesmo um bocadinho mais longe do que gostaria. Mas muito perto.

Fim de semana de raízes, de regresso ao passado, lá, onde tudo começou a fazer sentido.
Onde já fui tão feliz, e nem tanto.
Onde me encontro sempre.
Onde me emociono sempre.
Onde queria estar mais vezes, e onde queria que fosse sempre Verão, porque me cheira sempre a Verão quando lá vou.

A soma dos afectos, dos meus afectos.
De quem realmente conta. Com quem realmente conto.
Do que me define, do que me faz ser eu, de quem faço parte.
A certeza de que ali é o meu lugar.
E aqueles são os Meus.








quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O melhor que conseguimos.

Não sou sempre o melhor de mim.
Há dias em que não me apetece.
Dá trabalho cultivar o melhor e deixá-lo sair lá para fora.
É mais fácil manter a capa do mais ou menos bom, ou o suficiente, o assim está bem.

Não dou sempre o melhor de mim.
Arranjo desculpas para não dar. Hoje acordei com os pés de fora, dormi pouco, dói-me a barriga.
E dá trabalho dar o melhor de nós.

Nem sempre é fácil, nem sempre me é fácil.
É um exercício diário de mente e psicologia. De querer e poder tirar de cá de dentro, muitas vezes a ferros, o melhor que posso ser.

O melhor que posso ser todos os dias.
Com a família, com os colegas, com os Amigos.
Comigo. Se eu for gentil comigo, se eu não exigir demais de mim, sou melhor do que pensava que conseguia ser.
Isto tornou-se uma verdade adquirida, absoluta, para mim.
O melhor que posso ser, quando quero, quando é difícil, mas tem de ser.
Quando engulo dois ou três (ou quatro) sapos, e respiro com dificuldade.

E depois amanhã dou outra vez o melhor.
Não o que gostava de ser, mas sim o melhor que posso ser.
Esta é que é a verdade.