terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Legos

 Há alturas na vida em que me sinto um verdadeiro jogo Lego.

Sabem aquele jogo do encaixe, desencaixe, revê, torna a tentar, que hás-de acertar?

Eventualmente consigo, mas até lá há todo um processo.


E confesso que para chegar à construção perfeita, pelo caminho faço umas construções menos perfeitas.

Coloco peças nos sítios errados, arrisco toda a estabilidade da estrutura.

E depois contemplo e percebo onde colocar as peças correctas.

E asseguro a construcção.

Que fica mais forte e, espero (sempre) eu, à prova de ventos fortes que a derrubem.


Esta capacidade de reinventar, de (re) colocar peças nos Legos é quase tão importante como saber que podemos reconstruir-nos. Sempre.


Porque se eu não começar a tentar encaixar as peças, nunca saberei se consigo.


E tenho para mim que sim, que se tentar muito, conseguirei sempre construir algo onde me abrigar.

Onde abrigar os Meus e a quem quero (muito) bem.






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