Bom dia, está boazinha?
É, invariavelmente, a forma como me respondem
do outro lado da linha telefónica.
Estás benzinho, o fim de semanazinho foi bom?
Bem dispostinha?
E assim meio a dormir, meio zombie, meio
revoltada porque já é 2ª feira outra vez, e estava tão bem a dormir, e o
despertador é um mercenário impiedoso, e não consegui ver os óscares outra vez
este ano ( só vi o Achas que Sabes Dançar – a sério Diana Chaves, danças tão
bem como eu, tens 2 pés esquerdos, portanto ), lá respondo: Pois é, mais uma
semaninha!
Isto de nós, os Tugas, sermos fofinhos e
queridinhos e usarmos estes diminutivos todinhos, parece-me uma coisa cultural.
Culturalzinha. Coisinha de país pequenino. Pequenininho.
Que eu também as digo sim senhora! Desculpem
lá qualquer coisinha, mas também aderi a esta moda dos inhos, inhas e estas
fofices linguísticas, sem jeitinho nenhum. Fazer o quê?
E dizemos 3 vezes Obrigadinha ao senhor dos
ctt que sobe ao 3º andar para levar uma cartinha registadinha: ora faça aqui
uma rubricazinha, se fizer o favorzinho. Ali! Na cruzinha.
Ai menina, está um friozinho de rachar este ano, também não
ajuda nada á boa disposiçãozinha! Tomara já um solinho quentinho, para se fazer
uma prainha. Tão bom.Que saudadinhas.
E dizemos “queria um cafezinho” e não “quero
um cafezinho”….porque somos delicadinhos, é uma questão de educação… e um
copinho de água, pode ser? Obrigadinha, desculpe lá.
“Ai queria um cafezinho? Já não quer??” É a
pior coisinha que me podem dizer.
Não, sua sostra. É uma questão de Educação. Formaçãozinha.
Diz-se queria e não quero.
Mas não vale a pena explicar, não entra nessa
cabecinha. Ocazinha.
Afinal, se fosses um relógio, nem horas davas.
Horinhas, vá.
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