Gosto de fotografias.
Mais do que tudo, fotografias memorizadas.
Gosto de olhar para alguém, e fotografar mentalmente o momento.
Gosto de gravar aquele fragmento de tempo que parou.
E gosto de voltar ao meu álbum de fotografias mental as vezes que me apetecer.
Gosto de segurar o rosto em causa com as duas mãos em concha.
Gosto que segurem o meu.
E gosto de acreditar que o cuidado com que o faço, é como segurar aquela porcelana de fino trato que a nossa mãe guarda há tantos anos para uma ocasião especial.
Não o vou largar, nem deixar cair desamparado.
Vou cuidar sempre.
Porque gosto de segurar rostos em concha.
E gosto, tanto, que segurem o meu.
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