domingo, 31 de janeiro de 2016

A soma dos Afectos

Este fim de semana foi tão bom.
Foi tão rico, tão cheio e preenchido.
Pelos afectos. Pelos meus amores de longe, mas pertinho do lado esquerdo do meu peito.
A probabilidade de dois dias fazerem a diferença no meu coração é tão grande que acho que vou começar a contar os dias para estes fins de semana que faço menos do que queria, e que tenho de começar a fazer mais, a insistir mais neles.

Foram dois dias de sol brilhante, e de um quentinho especial no peito.
E o Sol nem brilhou muito, o astro rei. O brilho a que me refiro é o do coração, o que conta.
Que saudades da minha querida E e do seu sorriso genuíno. Como Ela. Que falta aquela genuinidade descomplicada me tem feito. Parte de mim. "Nha qrida".
Que saudades da minha querida G e da sua voz única. Como Ela. Que falta sinto dela quando preciso de um Norte. "Nha moça".

A sensação de pertença com que chego de lá, delas, é algo que não consigo explicar, pelo menos de forma a que eu perceba o porquê de me sentir assim, tão una e tão rica por dentro.
Por as ter na minha vida, por a partilhar com elas, por as ter por perto. Mesmo um bocadinho mais longe do que gostaria. Mas muito perto.

Fim de semana de raízes, de regresso ao passado, lá, onde tudo começou a fazer sentido.
Onde já fui tão feliz, e nem tanto.
Onde me encontro sempre.
Onde me emociono sempre.
Onde queria estar mais vezes, e onde queria que fosse sempre Verão, porque me cheira sempre a Verão quando lá vou.

A soma dos afectos, dos meus afectos.
De quem realmente conta. Com quem realmente conto.
Do que me define, do que me faz ser eu, de quem faço parte.
A certeza de que ali é o meu lugar.
E aqueles são os Meus.








2 comentários:

  1. Os afetos são muito importantes. Tudo bem, mais para umas pessoas que para outras. Tal como as raízes o são também. Eu pergunto-me por exemplo, como será para tantos milhares de portugueses, que todos os dias deixam o país, por falta de oportunidades de emprego, outros por simplesmente buscarem mais dinheiro. Casais que se separam, que ficam à distância, um lá, outro cá, para juntar mais dinheiro. Às vezes pergunto-me se tudo isso valerá realmente a pena. Será que é por ganharem 2/3/4 mil euros por mês, que compensará toda uma vida separado daqueles que gostamos realmente? Será que lá longe da família, as pessoas conseguem ser feliz só por terem mais números na conta bancária? Tenho as minhas dúvidas.
    E o que eu acho é que, podemos correr e saltar e percorrer o mundo, e acharmos que vamos ser felizes em determinado sítio, mas eu acho que pertenceremos sempre ao sítio onde temos as nossas raízes.

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    1. É isso mesmo :) Também eu tenho o meu cantinho no mundo, na minha praia, nas minhas raízes. E sonho muitas vezes que um dia vou lá parar. Quem sabe? :) Obg Konigvs.

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