domingo, 31 de maio de 2015

Solidariedade

Solidariedade é...

Banco Alimentar Contra a Fome: Todas as vezes que há Campanhas do Banco Alimentar e, de todas as vezes que ajudo, fico a seguir a sair do supermercado, com aqueles 15 minutos de pensamento introspectivo acerca do que é ser solidário, do que poderia fazer mais, ou até mesmo que forma de voluntariado eu poderia praticar.
Invariavelmente, entro no carro e o pensamento desfaz-se. Não porque não seja importante, mas sim porque a nossa vida é tão acelerada, andamos tão a correr e entretidos com a nossa própria vida, que estas formas de ajudar o próximo são um abrir de olhos enorme que nos acorda quando precisamos de ficar mais alerta para estas questões.

O facto de haver algumas pessoas que ajudam outras, é uma forma de altruísmo que admiro muito.
O facto de não ganharem uma retribuição financeira com isso é de louvar. Porque afinal ganham tão mais em valor moral e enriquecimento pessoal que a retribuição financeira passa para segundo plano. Ou terceiro, ou quarto planos.
O haver pessoas que dedicam a sua vida a ajudar os outros e, que só fazem isso na vida, é algo que vejo como uma escolha. Uma opção que influenciará para sempre não só quem pratica mas, acima de tudo, quem recebe.
Lembro-me de todas as pessoas a fazerem voluntariado nos hospitais, quer seja em alas oncológicas ou, muito simplesmente, no serviço de urgências. Que disponibilizam o seu tempo, a sua energia e muitas vezes fazem das tripas coração, para se aguentarem de pé, e demonstrarem uma força que muitas vezes já não têm.
Eu invejo quem faz voluntariado. É algo tão nobre.
Confesso que não sei se conseguiria.
Não sei se teria capacidade ou força anímica para ajudar aquelas pessoas.
Acredito que muitos dos doentes que ali estão têm por vezes mais força que o próprio pessoal que faz voluntariado.
Acho que é uma lição de vida muito, muito, muito grande.

Por isso faço o meu bocadinho todos os dias.
O meu bocadinho de ajudar nestas campanhas quando estão nos supermercados.
O meu bocadinho de doar toda a roupa e sapatos que já não uso.
O meu bocadinho de ajudar animais de rua. Tenho um lá em casa.
O meu bocadinho de ajudar uma pessoa idosa a tratar dela. É família, mas podia não ser, que eu ajudaria à mesma.

O meu bocadinho de olhar para o lado e ver. Não só olhar. Ver com os olhos do coração quem é que realmente precisa de ajuda. Seja ela de que maneira for. Não tem de ser apenas em géneros alimentícios, ou valor monetário. Faço-o mais numa forma de consciencialização interna.
Comparo aquele telefone caro que comprei, e que se calhar tem o valor duma pensão mínima de sobrevivência para alguém.
Comparo aquela viagem a Paris que fiz há uns meses, que se calhar para algumas pessoas é o valor duma renda de casa.
Comparo os milhões de euros que se gastam no futebol com a quantidade de gente que poderia encher um estádio para se fazer assim um almoço oferecido a 60.000 pessoas.
Por exemplo.

Acho mesmo que tomarmos consciência é o primeiro passo.
Não vamos mudar o mundo, claro que não.
Podemos mudar é algumas mentalidades.
Se começarmos pela nossa, o primeiro passo já está dado.









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