sexta-feira, 3 de abril de 2015

(Mar)avilhoso Chegar

Abril.
Mês novo, mês da Primavera mais intensa.
Mês das amêndoas.
Mês de recomeços. Ou começos.
Mês de tantos aniversários de pessoas queridas.

Mês de chegadas.
Mês de ir com rumo.
Mês da minha Ericeira que amo de paixão. Coração e alma.
Mês do meu Mar (Mar)avilhoso.

Cada mês que chega e me transporta em direcção ao meu mês, que é Agosto, traz-me um cheirinho mais forte de mar, sal, areia, conchas e conchinhas, sol a arder na pele, sal a queimar na pele, e uma vontade imensa de mergulhar naquele azul e só submergir em Setembro, lá para os finais do mês.

Fico mais feliz com o Sol, com o Verão, com o arzinho quente a roçar-se nas minhas sardas, que teimam em aparecer nos primeiros dias de praia. Gosto das minhas rugas por baixo dos olhos quando franzo os olhos e o nariz, quando fujo do sol. Gosto do cheiro do creme protector, que é coco misturado com limão, com mar e cheirinho a algas frescas. Só gosto do cheiro das algas na minha praia, em mais nenhuma.

Gosto do som do mar, que me transporta para tantos anos atrás. Tantas lembranças atrás, tantos cheiros atrás, tantas pessoas atrás.
Todos os anos tenho esta mesma sensação de regressão ali, naquele mar. Em mais nenhum.
Se calhar porque é o mesmo Mar que me vê chegar ano após ano, sempre fiel, sempre expectante, sempre aliviada por voltar. Todos os anos mais crescida. Gosto de pensar que sim.
Mar terapia, Mar abraço, Chão e de Marés Vivas. O meu Mar transfigura-se mil vezes num mês só.

Mas posso fechar os olhos que nada mudou no seu Som.
Continua a rugir suavemente, como que a rezar baixinho pelos que o olham de fora, e pelos que engoliu e tem dentro para sempre.

Fico sempre mais sensível, atenta, focada, sonhadora e Crente sempre que passo uns dias na Ericeira.
Deixo todos os meus assuntos pendentes de resolução em casa, na minha Lisboa que também adoro de paixão, e rumo ao Oeste, como este fim de semana, para balançar um pouco.
Fico cheia com os sorrisos das Minhas pessoas, dos Meus Lugares (mar)avilhosos. Do meu pãozinho de Mafra. Dos meus ouriços docinhos. Era muito capaz de lá viver.

Fico muito capaz de quase tudo sempre que de lá venho.
Não sei se é o ar que ali se respira. Se um qualquer feiticeiro terá lançado um qualquer feitiço a quem visita a vila e as redondezas dali.
O que sei é que venho com Força. Mais Força.

Dia 1 quase no fim, abraço os dois seguintes que aí vêm.
Mais uma forma de Amor.















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