Home is where the Heart Is
Esta é uma frase
bastante batida. Muito ouvida e muito repetida.
Um dia destes
resolvi parar para pensar no que realmente significa para mim.
E descobri:
Há fases da nossa
vida em que estamos bem e confortáveis em qualquer sítio, seja ou não
confortável, seja o colchão ou não fofinho, tenha o chão ou não pó para limpar.
Porque estamos tão de bem com a vida, e connosco, que tudo o mais são
pormenores.
Fases há em que
tudo nos incomoda, que todos os barulhinhos nos irritam, que todos aqueles
livros na prateleira carregados de pó nos chateiam e fazem espirrar, e que as
molas daquele colchão têm de ser definitivamente substituídas, não durmo ali
nem mais uma noite.
Isto para dizer
que realmente o que importa é o bem estar da Alma, do Coração.
Desde que
estejamos em sintonia perfeita entre os dois, podemos até dormir todos os dias
num palheiro, ou num estábulo cheio de animais, que nenhuma palha nos vai
picar, ou que não ficaremos minimamente incomodados com qualquer tipo de
cheiro.
Acabo por chegar
à conclusão que, à medida que o tempo vai passando e vamos ficando mais
exigentes connosco e com os outros, mais selectivos, mais desconfiados, vamos
ficando também mais soft, mais maleáveis, e mais experientes em relação à
maneira de agir com o que nos acontece, esperada e inesperadamente.
Acabamos por,
inconscientemente, saber o que fazer, o que dizer, e como reagir, quase.
E sabemos a certo
ponto da nossa vida, exactamente o que
queremos, e como.
Acho que é por
isso que quando chegamos a um Local / Sítio / Lugar / Estado da Vida e sentimos
aquela sensação confortável, DE Pertença, sabemos imediatamente que estamos /
chegámos a Casa.
Home.
E é tão Bom, que
não consigo descrever em palavras. Escritas, ou faladas.
Apenas Sinto, e
aconselho o mesmo, com os olhos da Alma.
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