quarta-feira, 15 de abril de 2015

Há dias Assim, de Jardim-Escola

Há poucas coisas que me irritem tanto como a pequenez de algumas pessoas.

A mesquinhez é possivelmente a maior irritação que alguém me pode transmitir.

Queridos Leitores, se não me conhecem e querem maçar-me à séria, sejam pequeninos e mesquinhos comigo.
Usem e abusem dos vossos super egos, e dos vossos pequenos poderzinhos locais.

É que me apoquenta mesmo.

Risinhos disfarçados, conversinhas abafadas, concluios com os coleguinhas.
Que memórias.
Sinto-me no jardim escola de novo.

Claro que isso poderia ser bom, na vertente gira da coisa.
Saudades de andar de bibe, a correr como se o pátio da escola se gastasse a qualquer momento e não pudéssemos correr mais no dia a seguir;
Saudades de comer o resto do almoço ao lanche porque não o terminámos todo (memórias degustativas de pescada cozida ao lanche);
Saudades de dormir a sesta naquelas camas tipo campanha, todas alinhadas no dormitório, e de falar com o amiguinho do lado até adormecer;
Saudades de ouvir a Educadora às 18h00 a chamar-nos para ir embora, que estava lá a avó para nos ir buscar. Saudades eternas da minha avó L.

Por outro lado, a sensação de estar no jardim escola de novo, mas na vertente menos gira, é muito menos saudosa.

Não tenho saudades dos miúdos embirrantes, birrentos, que nunca emprestavam os brinquedos, que gritavam em vez de falar.
Não tenho saudades dos constantes empurrões no recreio, que às vezes eram tão fortes, que lá iam os joelhos ao chão, uma e outra vez....tanta cicatriz nos joelhos hoje...
Não tenho saudades de puxar os cabelos às outras meninas, e de mos puxarem a mim. A minha mãe é que a sabia toda, cabelo cortadinho à rapaz, que é mais fácil de lavar, e de matar os piolhos.

Pelo que, balanço feito, voltar ao Jardim Escola em pleno século XXI não me está a apetecer muito.

Não me está a apetecer muito andar a competir com os coleguinhas de turma, ou a esconder brinquedos, ou a fazer queixinhas à Educadora.
Sei lá, estou noutra.

Mas como ainda há pessoas que acham que sim, que vivem de vez em quando os seus 4/5/6 anos, e pior, acham que o podem fazer com pessoas que já passaram essa fase, deixo aqui um pequenino desabafo em relação a estas pessoas.
Get A life.

Ohhhh...You don´t Have One?
I'm sorry then. Mine is just to Important to waste with you.

Ou, em Português do meu Portugal:
Façam-se à Vida Pá.

 
 

















2 comentários:

  1. Ilustre Smile Girl, hoje esta particularmente irritadiça.. mas é bom, esta viva e recomenda se, e quem não sente não é filho de boa gente ( se bem que esta frase, em bom rigor ate é meio patética).
    Uma nota antes de continuar, é hoje ao fim de alguns dias que me vai mesmo banir…
    Mas hoje concordo em tudo consigo, o problema é que essa “gentinha”, é que sobe na vida (não digo que todos, e alguns tem efectivamente mérito, e esses não se sentem afectados pela minha nota), na minha profissão/empresa confesso que ate deve ser um requisito, ser um perfeito anormal e fazer o que for necessário para subir, é oque realmente funciona, alias hoje no CV devia haver para alem de nome, morada sexo.. Uma referência a especificar; perfeito anormal.
    Ser bonzinho é efectivamente lixado (desculpe o termo), todos se aproveitam e lucram.
    Mas por outro lado, acho que faz algum sentido ser um perfeito inútil e subir, pois chefes há que os escolhem não pelos seus méritos mas por serem submissos logo não levantam ondas e são doceis (vulgo lambe botas), enfim é uma temática bastante longa e dava para escrever um livros dos gordos.
    Obrigado por recordar os tempos do jardim-escola, passei por tudo isso, e também tenho saudades de ir a comer a bola de Berlim no caminho para a escola de mão dada com a minha mãe e chegar lá a necessitar de voltar a tomar banho, não tenho saudades das calças de fazenda que picavam e com napa nos joelhos e de cores hoje em dia duvidosas e muito usadas na arte circense.
    Para terminal, diria o que disse e mais: vão chatear outro pá

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  2. Olá mais uma vez Caro João, e muito obrigada pela sua mensagem. E também mais uma vez, não o banirei hoje ;) Os lambe-botas existem, são um flagelo, mas infelizmente temos de viver com eles. Acho sempre que amanhã será um dia melhor, e que esta espécie só nos afecta até um certo ponto, que é até onde deixamos :) Pelo menos, tento que assim seja. Obg, e até breve. SG

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